Após um fim de semana sangrento em Feira de Santana, representantes da Polícia Civil da região realizaram uma videoconferência estratégica com agentes da Segurança Pública do estado para traçar novas ações de combate ao crime na cidade. No último fim de semana foram nove pessoas assassinadas. Contando com os homicídios ocorridos até o momento, com a morte de um jovem na Cidade Nova nesta segunda-feira (26), já são 219 homicídios na Princesa do Sertão este ano.
Ao Acorda Cidade, o coordenador da 1ª Coorpin (Coordenadoria Regional de Polícia do Interior), Yves Silva Correia, destacou que o número de assassinatos no fim de semana foi significativo e deixa toda a sociedade preocupada, inclusive, os diversos departamentos da Polícia Civil, que seguem atuando para combater a criminalidade. Segundo ele, a Polícia deve seguir intensificando ainda mais as ações, principalmente para retirar esses autores de circulação e levá-los à justiça.
“Essa reunião foi para alinhar novas operações, alinhar novas ações aqui em Feira de Santana. Então foi de extrema importância, uma vez que os departamentos estão unidos com inteligência, com equipes táticas operacionais, para poder estancar esse mal na cidade e região. Então, a gente vai seguir firme, trabalhando forte para poder dar respostas”, declarou.
Segundo o coordenador, houve uma diminuição no índice de crimes nas últimas semanas, o que deixou ainda mais evidente o pico de crimes deste fim de semana, entretanto ele ressalta que algumas ocorrências não tinham ligação com o tráfico de drogas.
“Em alguns casos específicos se percebe que não teve ligação com o tráfico de drogas. Em um caso, a própria população linchou um indivíduo que já tinha mandado de prisão, inclusive por homicídio, por tráfico, de outra cidade e estava roubando aqui em Feira. Outro caso também que chama a atenção, o duplo homicídio, dois indivíduos que estariam também envolvidos com roubos, crimes patrimoniais. Então, a gente percebeu que o outro já tem uma autoria definida também. Então, você percebe que, realmente, a coisa coincidiu também para ser tudo no mesmo final de semana”.
O delegado ainda explicou que por conta dessas ocorrências pontuais, não há indícios dos crimes estarem relacionados a ataques de “bondes”, de possíveis facções.
“Porque a gente chama de ataques, aqueles ataques sucessivos de bonde, quando eles são focados todos em tese no tráfico de drogas. A gente percebeu que houve uma mescla desses homicídios, não foi só um ataque específico de tráfico de drogas. De todo modo, logicamente, a gente diz sempre, e aqui vocês sabem da seriedade, a gente vai apurar todos, independente de quem seja vítima. Vamos estar sempre apurando e aprofundando para poder dar resposta”.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Nós usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você está ciente dessa funcionalidade.
Termos de Uso
e
Política de privacidade
