Turista suíço baleado em Salvador recebe alta hospitalar

O turista suíço Cristophe Moser, de 55 anos, que foi baleado na cabeça durante uma tentativa de assalto no bairro de Stella Maris, em Salvador, recebeu alta hospitalar, na terça-feira (20).

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O crime ocorreu no dia 8 de agosto e o suspeito foi morto em confronto com policiais um dia depois. Cristophe passou por uma cirurgia e estava hospitalizado em um hospital particular da capital baiana. Ele chegou a ficar na Unidade de Terapia Intensiva por quatro dias, mas foi transferido para um quarto em 12 de agosto.

Segundo a esposa do turista, que é baiana, ele vai continuar o tratamento em casa, e assim que melhorar, vai voltar para a Suíça, onde vive com a família. Ainda não há data prevista para a viagem.

“A recuperação dele está acima das expectativas dos médicos”, afirmou Marli Moser, esposa do turista, para a TV Bahia.

Cristophe e Marli, que nasceu em Salvador, estão casados há nove anos. Esta foi a primeira vez que a vítima trouxe os três filhos para conhecer a Bahia. Apenas o casal estava no carro no momento do crime.

“Tenho quase certeza que ele [o suspeito] desceu do banco carona já atirando. Como o Cris já estava em movimento de marcha ré, só acelerou para fugir dos tiros e baixou a cabeça. O carro bateu no muro, eles atiraram mais algumas vezes e fugiram”, afirmou a esposa do estrangeiro.

“Ele fica tentando pensar em outras coisas, mas não consegue. Chamou o médico, conversou, falou que vai precisar de assistência psicológica, porque não consegue apagar esses flashs da cabeça”.

Em entrevista ao Bahia Meio Dia, programa da TV Bahia, a baiana revelou que após presenciar o companheiro ser baleado, ficou com o sentimento de que “falhou” por não conseguir “protegê-lo” da criminalidade.

“Sinto que falhei em proteger a pessoa que amo. Vergonha por ele ter recebido um tiro na minha cidade natal, que tanto amo. Sou uma eterna turista daqui, amo e deixo de ir para qualquer lugar do mundo para vir para cá, mas estou com vergonha. Fali em proteger a imagem de Salvador, que levei para lá, porque o preconceito vai se instalar ainda mais”, desabafou.
Cristophe é da cidade de Lausanne, é engenheiro elétrico, professor de cursos de doutorado, com trabalhos reconhecidos em instituições de ensino de todo o mundo.