Rachel Pinto
O mês de setembro de 2021 registrou 22 homicídios em Feira de Santana e desse total, quatro ocorreram no bairro Jardim Cruzeiro. O bairro foi considerado o mais violento do mês e a repercussão desses números reflete no dia a dia dos moradores que contaram ao Acorda Cidade que vivem com medo o tempo todo e em estado de alerta em meio a tanta violência e criminalidade.
Além dos homicídios, os assaltos são constantes e acontecem a qualquer horário. Muitas pessoas são abordadas pelos criminosos no caminho do trabalho, nos seus estabelecimentos comerciais, na ida à padaria e até na porta de casa.
Gerôncio Ferreira Machado, conhecido como China, tem um bar no bairro Jardim Cruzeiro e relatou que esta semana dois clientes foram assaltados e perderam seus aparelhos celulares.
“A violência está demais. Ninguém pode sair mais de casa. Alguns assaltos acontecem com bandidos de moto e armados. A violência está demais e os assaltantes estão comandando o bairro Jardim Cruzeiro”, disse.
José Lima, que é morador do bairro, pediu providências sobre a falta de segurança à 66ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), que atua no Jardim Cruzeiro. De acordo com ele, a população não vê ação de policiais e nem rondas através de viaturas.
“Ninguém vê uma viatura e eu queria saber o que é que acontece. O bairro está pedindo socorro. Outro dia assaltaram o posto médico. Os assaltos acontecem à luz do dia”, acrescentou.
Jaci Bárbara Cunha, moradora há 30 anos do Jardim Cruzeiro comentou que nunca viu tanta violência como ocorre nos dias atuais. Na opinião dela, as pessoas estão com o direito de ir e vir ameaçado pela ação dos bandidos. Ela clamou por socorro do poder público e das autoridades policiais.
"Pedimos que olhem para esse bairro. Nós estamos amedrontados com a situação que está aqui, pedimos ajuda ao poder público e a PM. A gente está com medo e pensando como isso vai se resolver. Não podemos sair nem para comprar um pão, pois a gente tem medo de perder a vida”, declarou.
Vale ressaltar que é importante que os moradores registrem queixas dos assaltos para que a polícia intensifique o policiamento no local. A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com a 66ª CIPM e aguarda retorno.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
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