Suspeita de participar de ritual religioso com agulhas é libertada

Uma das suspeitas de participar dos rituais religiosos em que foram colocadas 31 agulhas no corpo de um menino de 2 anos na Bahia deixou a prisão na noite desta sexta-feira (25). Segundo a Polícia Militar de Ibotirama (BA), Maria Nascimento, que diz ser mãe de santo, foi solta às vésperas do vencimento do prazo de sua prisão temporária.

Ela estava presa na delegacia da cidade, a 640 km de Salvador. Segundo a PM, antes de ser solta Maria passou por uma acareação com o padrasto do menino, Roberto Carlos Lopes, 30, que confessou ter introduzido as agulhas no enteado. A polícia afirma que Lopes inocentou a mulher.

Em entrevista ao programa "Fantástico", da TV Globo, Lopes havia acusado Maria, e disse que as agressões ocorreram durante cerca de um mês, ao menos três vezes por semana.

Além de Lopes, Angelina dos Santos, 47, sua companheira, permanece presa sob suspeita de também participar do ritual. Ninguém atendeu aos telefonemas da reportagem na delegacia de Ibotirama.

Internações

O menino foi internado na madrugada do dia 13 no Hospital do Oeste, em Barreiras (BA), após os médicos contarem quase 50 agulhas espalhadas por seu corpo. Como seu estado de saúde era grave, ele foi transferido para o Hospital Ana Néri, em Salvador, que fez novos exames e confirmou que 31 objetos estavam em seu corpo.

Ele já passou por duas cirurgias para a retirada das agulhas e os boletins médicos indicam que está se recuperando bem.

Neste sábado, o hospital chegou a anunciar que ele deixaria UTI, mas depois recuou da decisão, por questão de segurança.

Foto:Efe/Hospital do Oeste

Informações do Folha Online

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