Feira de Santana

STF concede liberdade para acusados de matar empresário em Feira de Santana

Segundo o advogado Péricles Novais, o ministro acatou pedido de liberdade dos réus uma vez que o caso, que já tem dois anos, nunca foi julgado.

Andrea Trindade

O Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Marco Aurélio de Melo, concedeu liberdade provisória para os três acusados de envolvimento na morte do empresário Gil Marques Porto Neto, assassinado no dia 21 de maio de 2014, em Feira de Santana. O empresário conduzia um veículo BMW (placa OLF-2525) pelo Largo São Francisco, no bairro Kalilândia, quando foi morto a tiros.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade (arquivo)

Segundo o advogado Péricles Novais, o ministro acatou pedido de liberdade dos réus uma vez que o caso, que já tem dois anos, nunca foi julgado. No entando, o ministro não aceitou o pedido de anulação do processo. “O tempo da prisão e a falta de motivação da prisão preventiva deles tornou a prisão ilegal. O ministro do STF entendeu que não havia motivação para que a prisão deles acontecesse, consubstanciado a isso havia também o excesso prazal. Vamos apresentar as alegações finais, o juiz poderá ou não pronunciá-lo e vamos procurar sempre a verdade porque eles não foram os autores do fato”, explicou.

Serão libertados hoje Ailton Nascimento da Silva, cabo da Polícia Militar, conhecido como Careca, que estava preso no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas, e Eliomar Alexandre Rocha Nunes, conhecido como Bunda Branca, acusado de ser o executor do crime. Este estava preso no Conjunto Penal de Feira de Santana.

Continuará preso no conjunto penal por conta de outros processos, referentes à greve da Polícia Militar, o ex-agente penitenciário Gregório dos Santos Teles, apontado pelos investigadores como mandante do crime contra Gil Porto. Segundo o advogado, Gregório também foi “libertado” em relação ao assassinato e a Polícia Civil continua com a investigação.

André Novais e Pericles Novais Filho, advogados dos acusados (Foto: Aldo Matos/AcordaCidade).

O advogado disse ainda vai entrar com o pedido de relaxamento de prisão do ex-agente penitenciário e que o único fator que pesa contra eles é que as investigações foram acompanhadas pelo Ministério Público.

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