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Três traficantes mortos durante o confronto, cinco presos, armas de fogo e drogas apreendidas. Este foi o saldo da operação conjunta, deflagrada pelas polícias Militar e Civil, na madrugada da última sexta-feira (25) e concluída hoje (28), no bairro do Nordeste de Amaralina e localidades adjacentes, apresentado, esta manhã, pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Teles Barbosa, em entrevista coletiva, no auditório da sede da SSP.
“A ação foi planejada de maneira cautelosa, tendo sido antecipada em reposta ao ataque sofrido por um policial militar, na última segunda-feira” informou Barbosa, referindo-se ao soldado Edvaldo Santos de Jesus, atingido no olho no dia 21 de março, quando fazia uma ronda no Nordeste.
O traficante Luiz Fernando Anunciação da Cruz, conhecido por “Camisinha”, um dos líderes da facção criminosa responsável pela venda de entorpecentes em Salvador e na Região Metropolitana, morreu no primeiro dia da intervenção policial, juntamente com os comparsas Aldemir dos Santos Costa, 21 anos, e Tiago Coutinho Macedo da Silva, 22. Armados com uma pistola 9mm e dois revólveres, calibres 38 e 32, eles atiraram contra as guarnições do Batalhão de Choque da PM e do Departamento de Narcóticos.
Com mandados expedidos pela Justiça, foram presos Alan Valentim Pena Tavares, mais conhecido como “Gordo”, Paulo André de Jesus Costa, Francisco Lima de Souza e Sabrine Souza dos Santos. No total, 44 pessoas foram conduzidas à Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes para averiguação.
No início da tarde de ontem (27), em uma residência nas proximidades da 28ª Delegacia Territorial (Nordeste de Amaralina), foi preso em flagrante Ivo Boa Morte Nascimento, surpreendido com 40 pedras de crack. Também foi apreendido um adolescente, imediatamente encaminhado à Delegacia do Adolescente Infrator.
Com o apoio de 162 viaturas e de um helicóptero, 943 policiais realizaram abordagens a 3.412 pessoas, 656 automóveis, 586 motocicletas, 52 estabelecimentos comerciais, 37 táxis, 30 pontos de ônibus e 16 coletivos.
Foram apreendidas 10 motocicletas, 131 pedras de crack, 80 papelotes de cocaína, 300 gramas de maconha, 18 celulares e duas máquinas caça-níqueis, além de um computador, onde era feita a contabilidade da venda de drogas.
O coronel Nilton Régis Mascarenhas, comandante-geral da Polícia Militar, destacou a participação da comunidade como um dos fatores decisivos para o bom desempenho policial. “Recebemos mais de 200 denúncias, fundamentais para o sucesso da operação”, revelou, acrescentando que a PM já dispõe de um plano de operação de permanência no Nordeste, com a participação de um efetivo de 120 homens e o apoio da Polícia Montada, do Grupamento Aéreo e de batalhões especializados como o Choque.
O planejamento integrado e o apoio da Superintendência de Inteligência da SSP foram enfatizados pelo delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge Paixão, como responsáveis pelo êxito da ação. “Destacamos, dentre outras coisas, a importância do trabalho investigativo elaborado pelas polícias Civil e Militar”, observou.