Polícia

Sob ameaça de greve, comandante da PM diz que demandas da corporação estão sendo atendidas

Segundo Anselmo Brandão, não há necessidade de interlocutores para solucionar as demandas da tropa.

Laiane Cruz

No próximo dia 8 de outubro haverá uma nova assembleia de Policiais Militares, na qual eles poderão ou não deflagrar uma greve. Sobre a possibilidade de paralisação, o Coronel PM Anselmo Alves Brandão, Comandante-geral da Polícia Militar da Bahia, afirmou, na terça-feira (24), em entrevista ao Acorda Cidade, que a corporação nunca esteve tão próxima dele e do governador Rui Costa, e que não há necessidade de interlocutores para solucionar as demandas da tropa, uma vez que elas vêm sendo atendidas.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

A declaração foi feita ao Acorda Cidade após uma reunião ontem (24), em Feira de Santana, com o Coronel PM Luziel Andrade, Comandante do Comando de Policiamento da Região Leste (CPRL), e com os comandantes das 20 unidades da região, para alinhar procedimentos, ouvir sugestões e sanar dúvidas sobre as diretrizes estratégicas da corporação.

“O governador é um homem de diálogo, de abertura. O comandante sempre tem delegado pra mim e pra o secretário de segurança todas as conversas e a gente não vê motivo, pois a pauta é muito ampla e nós atendemos muitas coisas dali. Estamos fazendo um trabalho progressivo, que a gente vai avançando. São pautas extensas, principalmente do Planserv, mas nós temos um canal para resolver os problemas. O RH Bahia era outro problema, mas já estamos com uma linha direta com os nossos policiais”, afirmou o comandante.

Anselmo Brandão disse que outras demandas carecem de estudo, como a questão da periculosidade, pois existem algumas controvérsias da sua aplicação. Ele declarou ainda que a Bahia foi um dos poucos estados que deu aumento real de salários aos policiais.

“Somos um dos poucos estados que está pagando em dia, e a polícia militar foi a primeira que recebeu algum alinhamento, um aumento em torno de 10% e o soldo em torno de 32%, então não existe descontentamento com a tropa. Sou um comandante presente, tenho visitado todo o estado e o que encontro são policiais sorrindo, conversando comigo, trocando experiências e acima de tudo buscando as suas reivindicações, que nós temos atendido, principalmente sobre qualidade no serviço, como novas viaturas, bons alojamentos, boas condições de trabalho, escalas de serviço sendo respeitadas, ou seja, a tropa mais próxima da sociedade”, destacou.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Centro de Abastecimento

Perguntando sobre quais medidas de segurança deverão ser adotadas no Centro de Abastecimento de Feira, sobretudo após o latrocínio que vitimou o delegado Gesta Dermeval Costa Santos, durante uma tentativa de assalto no último sábado (21), o comandante-geral da PM afirmou ao Acorda Cidade que será mantido um policiamento efetivo no local.

“O coronel foi orientado a manter não só um policiamento efetivo, como vamos buscar alguma forma para deixar um policiamento mais fixo, assim que nós recebermos efetivo. Mas enquanto isso não acontece, falei com o coronel pra que ele reforce o policiamento, em regime de escalas de horas extras, reforce o policiamento nos dias de maior concentração, coloque base móvel, deixe as viaturas circulando, porque o fato que aconteceu foi uma fatalidade e poderia acontecer com qualquer pessoa. Ficamos muito tristes porque não esperávamos que fosse uma pessoa tão próxima da gente. Mas não foi por falta de policiamento, tanto que o coronel Luziel me disse que no local estava tendo operações, com o choque, com o Graer e aconteceu. É preciso que a sociedade entenda que a questão da violência tem muitos fatores e muitos atores no processo. Então todos têm que estar irmanados: prefeitura, estado, comerciantes e a própria sociedade. E o grande motivador disso é o consumo de drogas”, declarou.

Com informações e fotos do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade. 

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