Sete homens morreram em confronto com policiais e dois foram presos nos municípios de Cristinápolis e Tomar do Geru, na região Sul de Sergipe, durante uma operação contra uma associação criminosa especializada em homicídios, tráfico de drogas e assaltos, na manhã desta quarta-feira (29). Segundo a Secretaria de Segurança Pública, os homens mortos estavam armados e eram violentos.
Cerca de 100 policiais participaram da ação. Além dos dois mandados de prisão, foram cumpridos 23 mandados de busca e apreensão em 26 endereços.
Um dos mandados era contra um preso no Complexo Penitenciário Manoel Carvalho Neto (Copemcan). Ele é suspeito de ser chefe do grupo e responde pela morte do policial militar Nabal Gomes Menezes, em Cristinápolis, em 2015. Na cela do suspeito, foram encontrados celulares e uma arma branca.
Denúncia anônima
Ainda de acordo com a polícia, as investigações apontaram fortes indícios de que um homicídio e cinco tentativas de homicídio entre os meses de agosto e novembro deste ano, em Cristinápolis, foram motivados pela disputa por pontos de vendas de drogas e do comando da facção do presidiário.
Segundo o delegado Josenildo Brito, as investigações iniciaram após uma denúncia anônima que apontava o presidiário como líder do grupo.
As apurações apontam que o grupo criminoso teve origem na Barra dos Coqueiros, na Grande Aracaju, e disputava o território de Tomar do Geru com outro grupo, do conjunto Parque dos Faróis, em Nossa Senhora do Socorro, também da Grande Aracaju. A rivalidade tem provocado conflitos armados e violentos, inclusive no Sul do estado.
O município de Cristinápolis fica a 117 quilômetros de Aracaju, e Tomar do Geru, a 134 quilômetros da capital.
De acordo com a SSP, com base no depoimento dos presos e nas perícias feitas nos celulares apreendidos, as investigações sobre as ações do grupo criminoso serão mantidas.
Morte de policial
O policial militar Nabal Gomes Meneses, de 48 anos, foi assassinado no dia 6 de outubro de 2015. O crime aconteceu no Povoado Manoel Joaquim, município de Cristinápolis.
A vítima estava na companhia de um amigo, funcionário de uma importante granja da região, que recebia pagamentos em cobranças a clientes do aviário. Quatro suspeitos foram presos dias após o crime e confessaram a ação.
Com cerca de 15 anos de profissão, Nabal Gomes Meneses era 3º sargento e deixou esposa e três filhos.
Fonte: G1
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