Polícia

Rio Real: Ministério Público pede afastamento de tenente e soldado acusados de torturas

A denúncia é baseada em uma situação ocorrida no dia 22 de abril de 2012, quando os policiais militares invadiram a residência de um homem, apontado por eles como a pessoa que haveria efetuado dois disparos após um acidente

O Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA) entrou com um pedido de afastamento cautelar para o tenente da Polícia Militar Adnilson Brito da Silva e o soldado Anelito Nascimento de Jesus. Eles são lotados na 6ª Companhia da Polícia Militar (CIPM/Rio Real) e são acusados de cometer os crimes de tortura e abuso de autoridade no município.
 
Segundo o MP-BA, a denúncia foi ajuizada nesta quinta-feira (5), na Vara Criminal da comarca. Adnilson e Anelito também responderão à ação civil pública por ato de improbidade administrativa.
 
A denúncia é baseada em uma situação ocorrida no dia 22 de abril de 2012, quando os policiais militares invadiram a residência de um homem, apontado por eles como a pessoa que haveria efetuado dois disparos após um acidente envolvendo o veículo da propriedade dele.
 
O carro teria batido em poste de energia elétrica após o motorista ter tentado desviar de um coco atirado contra o automóvel por uma pessoa que passava no local. Informados do suposto disparo, os PMs teriam arrombado a porta da casa a pontapés e prendido o dono do carro e do imóvel sem mandado judicial, sem estarem diante de qualquer situação de flagrante e também sem averiguar se o proprietário havia cometido o delito.
Durante a abordagem, o dono do imóvel tentou argumentar que havia emprestado o veículo naquele dia ao cunhado e um amigo dele. Ainda de acordo com o MP-BA, os PMs teriam conduzido o rapaz até outra casa onde estava o cunhado da vítima e cometido atos de torturas.
 
Segundo a denúncia, o tenente e o soldado teriam dado socos, tapas e chutes nos rostos das vítimas e, inclusive, usado um pedaço de madeira para golpeá-las, enquanto elas afirmavam não saber da suposta arma usada após o acidente.
 
As vítimas agredidas passaram por exame de corpo de delito e tiveram as lesões fotografadas. Os policiais conduziram as vítimas à delegacia, mesmo sem terem apreendido a arma de fogo. As vítimas também não foram reconhecidas pelas pessoas que avistaram os disparos na rua. As informações são do Correio.
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