Andrea Trindade e Rachel Pinto
Foram julgados na terça-feira (25), no Fórum Desembargador Filinto Bastos em Feira de Santana Antônio Marcos dos Santos Lima, Charlon Gabriel da Nóbrega, Lázaro Jonas da Cruz Neto e Tiago de Freitas Coutinho.
Eles são suspeitos de participar do assassinato do pai de santo Renildo Gonçalves de Jesus no dia 14 de março de 2017. A vitima foi baleada na Fazenda Caatinga, no distrito de Tiquaruçu, foi socorrida e morreu no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA).
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
O crime
Consta na denúncia do Ministério Público (MP), que o mandante do crime foi o então pai de santo Tomaz Pereira Gonçalves Alves que foi preso, adoeceu e faleceu enquanto cumpria prisão domiciliar.
Segundo a investigação Charlon e Jonas foram contratados por Antônio Marcos conhecido como “Nininho” a mando de Tomaz Pereira Gonçalves Alves para matar Renildo. O motivo seria o ódio nutrido por Tomaz, após Renildo conseguir clientes para outro curandeiro de prenome Urbano.
Consta na denúncia do Ministério Público que no início do mês do de março do ano passado Bernardo Simões das Virgens, filho de santo de Tomaz e outro homem foram a procura de Antônio Marcos propondo o pagamento de 3 mil para que executasse Renildo. No entanto, ele disse que não cometeria o crime, mas procuraria pessoas que pudessem praticá-lo.
Antônio Marcos foi a procura de Charlon para praticar o crime. Chalon, por sua vez, chamou Lázaro Neto para participar.
A denúncia informa ainda que Antônio Marcos e Tiago Freitas Coutinho levaram os executores até a casa da vítima para fazer o reconhecimento do local e planejar o crime. Os denunciados Charlon e Lázaro estiveram duas vezes na residência à procura da vítima com o pretexto de acertar um trabalho, mas a vítima não estava. Na terceira tentativa os encontrou e quando o pai de santo se aproximou para atendê-los efetuaram os disparos.
Após 15 horas de julgamento, o Conselho de Sentença condenou todos os réus e a juíza Márcia Simões Costa aplicou uma multa de 12 anos de reclusão para casa um a ser cumprindo em regime fechado. A defesa recorreu da decisão, mas a juíza negou o pedido. Os acusados estão presos há um ano.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
O advogados Thaisio Antônio e Laerte Ribeiro defendem Antônio Marcos; os advogados Pericles Novais e Ubiratam Queiroz Duarte defendem acusado Charlon Gabriel, os advogados Guga leal e Danilo de Moraes defendem o acusado Lázaro Jonas e os advogados Armênio Seixas Junior, Constantino Palmeira e Frederico Ricardo Lima defendem Tiago de Freitas.
O júri terminou por volta de 1h da madrugada desta quarta-feira (26).
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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.