Na noite da última segunda-feira (2), um princípio de rebelião no Conjunto Penal de Brumado mobilizou um grande aparato policial. Equipes da Cipe Sudoeste, Rondesp Sudoeste e do 24º Batalhão de Polícia Militar (BPM) foram acionadas para dar suporte à Polícia Penal no controle da situação.
Segundo o site, Achei Sudoeste, parceiro do Acorda Cidade, o episódio, que teria sido desencadeado por protestos dos internos sobre a qualidade da alimentação, levou à suspensão das visitas nesta terça-feira (3).
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O Conjunto Penal de Brumado, que atualmente abriga 600 detentos, enfrenta superlotação. Familiares de diversas cidades da região, como Caetité, Macaúbas, Guanambi e Condeúba estiveram em frente ao presídio.
Do lado de fora da unidade, familiares dos detentos aguardam informações com preocupação, relatando gritos vindos do interior do presídio e denunciando supostos abusos durante a contenção da crise.
Ana Maria, moradora de Brumado, relatou ao site que os internos estariam sofrendo agressões com balas de borracha, bombas e spray de pimenta. “Os meninos gritavam pra parar de bater, pediam menos. Uma opressão. O presídio está uma bagunça, um inferno”, declarou.
Conforme a moradora, o problema começou por causa das condições precárias da alimentação oferecida no local. “A comida é podre, os meninos estão passando mal. Ontem, o cheiro de carniça vinha aqui na porta do presídio”, acrescentou.
Solange, dona de casa de Condeúba, também estava em desespero ao acompanhar a situação. “Vim pra cá ontem às 22h30, fiquei até 2h. Fui embora e voltei hoje às 9h e vou ficar até darem uma posição pra gente. Eles estão gritando lá dentro. Estamos escutando os gritos dos internos daqui de fora. Está acontecendo alguma coisa. Tá todo mundo tenso”, relatou.
Leidiane, de Guanambi, reforçou a gravidade do ocorrido, afirmando que nem mesmo os advogados dos presos conseguiram entrar na unidade. “Passaram para gente que eles estão machucados lá dentro”, disse.
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