Bahia

Policial civil e mais seis são presos suspeitos de roubo e venda de carros

Operação foi deflagrada pela polícia do Espírito Santo na Bahia e no Rio. Carros eram adulterados no sul da Bahia e iam para venda ou desmanche.

Acorda Cidade

Um investigador da 8ª Coordenadoria de Polícia do Interior (Coorpin), em Teixeira de Freitas, na região sul, de 61 anos, é um dos presos suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em roubo de carros com atuação em três estados – além da Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. A operação Dilúvio foi deflagrada pela Polícia Civil capixaba na terça-feira (1°) e prendeu, ao todo, 15 pessoas – sete delas em território baiano, nas cidades de Teixeira de Freitas e Itamaraju.
 
Veículos de várias marcas e modelos eram destinados à Bahia para o processo de adulteração, sendo depois levados para a revendedora ou demanchados.
 
Em Teixeira de Freitas, foram apreendidos um Pálio Weekend e um caminhão com dois comerciantes, um deles com prisão decretada. Outras duas pessoas foram detidas na cidade, em cumprimento de mandados judiciais. Em Itamaraju, dois homens foram presos, um deles foi flagrado com porte ilegal de arma. Duas espingardas foram encontradas na casa dele. Segundo a polícia, as quatro pessoas têm ligação com o comércio de veículos e peças nas duas cidades.
 
O investigador da 8ª Coorpin tinha em casa dois revólveres, de calibres 22 e 32, além de uma pistola. O armamento foi adquirido de forma legal, mas estava com o registro vencido, diz a polícia. Na Bahia, ao todo, 21 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em vários endereços. Os suspeitos estão à disposição da Justiça capixaba. Já nos três estados, foram cumpridos 29 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária.
 
Investigação
 
De acordo com o delegado André Cunha, da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), a quadrilha realizava roubos de veículos em todo o estado, principalmente na Grande Vitória, e os enviava para as cidades de Itamaraju e Teixeira de Freitas, na Bahia, e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, onde os carros eram adulterados e vendidos.
 
“Fizemos uma ação conjunta com a Corregedoria do Detran e identificamos um funcionário. Ele tinha uma senha e, com isso, acesso ao banco de dados do departamento. Dessa forma, ele facilitava a adulteração de veículos formalmente, através de documentos, e também de forma física”, disse Cunha.
 
O funcionário do Iases que foi preso também é dono de um ferro-velho. A advogada detida é esposa dele, responsável por intervir quando algum membro da quadrilha acabava preso. “Essa advogada assessorava a quadrilha. Se alguém caía preso, ela ia até as delegacias e DPJs negociar a saída, e ainda fomentava fugas. Também encontramos com ela um celular furtado, provavelmente de dentro de algum dos carros roubados. O marido dela, servidor do Iases, tinha contato com um dos maiores receptadores, em Campos”, falou o delegado.
 
André Cunha ainda explicou que algumas pessoas faziam um trabalho intermediário na quadrilha, fazendo os contatos para o repasse de veículos a outros estados. “Alguns já estão presos e outros estão foragidos. Na Bahia, um policial civil envolvido também foi detido, e com ele estavam três armas sem registro. Ele foi autuado em relação a essa conduta ilícita. Na Bahia tivemos sete pessoas presas”, contou.
 
O delegado ainda frisou que a população teve parte importante para que a operação se concretizasse e tivesse sucesso. “Muito do que a polícia realizou na operação Dilúvio foi por causa de denúncias da população. Agora temos muito o que trabalhar ainda, pois encontramos uma grande quantidade de veículos já desmanchados, e precisamos identificá-los”, disse. As informações são do G1.
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