Daniela Cardoso
A Polícia Civil de Feira de Santana já identificou o autor do disparo que matou a adolescente Cleidiane Santos Santiago, conhecida como Melissa, 17 anos, no final da tarde do último domingo (27) no bairro Conceição, em Feira de Santana. A suspeita, de acordo com o delegado Fabrício Linard, é que o tiro ocorreu durante uma brincadeira de roleta russa, mas a polícia ainda vai ouvir outras testemunhas para confirmar essa versão.
“Segundo informações do que já foi apurado, eles faziam uma festa no interior de um apartamento, quando um dos indivíduos apontou a arma para uma das garotas que se esquivou, então apontou para a Cleidiane e apertou o gatilho tendo disparado. Segundo uma das testemunhas que já ouvimos, o rapaz brincava, jogava roleta russa. Já conseguimos identificar que o autor dos disparos foi Caio Silva Rocha, conhecido por ‘Sequinho’. Realizamos várias diligências no intuito de localizar e prendê-lo em flagrante, já que desde o início já se sabia a autoria, mas não tivemos sucesso na localização e prisão do mesmo”, informou o delegado.
Ainda conforme o delegado, a testemunha não disse o motivo pelo qual ocorreu a brincadeira de ‘roleta russa’. A testemunha relatou que todos estavam ouvindo música, dançando, beberam algumas cervejas e que do nada o rapaz pegou o revólver e começou a brincar com as garotas.
“Essa versão ainda precisa ser confirmada. A única certeza que temos é o evento da morte da jovem Cleidiane. Agora o que temos que investigar e apurar nos mínimos detalhes são as circunstâncias da morte da mesma. A autoria, nós já temos. Essa história não está muito bem contada com esse negócio de ‘roleta russa’, pois temos informações de que o autor dos disparos tem envolvimento com o mundo do crime, a própria garota também parece que era usuária de droga, como a própria mãe mencionou, então pode ser que no apartamento tenha havido uma desavença entre eles e que tenha resultado nesse tiro que fatalmente tirou a vida da Cleidiane”, analisou Fabrício Linard.
O delegado destacou que eram várias pessoas no apartamento e afirmou que quando a polícia ouvir o conjunto total de provas, todas as testemunhas presentes, poderá afirmar com convicção se realmente foi uma brincadeira de ‘roleta russa’ ou não. Apesar disso, ele explica que do ponto de vista jurídico não vai fazer muita diferença.
“De repente essa testemunha pode ter, com medo, com receio, confirmado uma versão criada pelo autor do disparo. O que tecnicamente, do ponto de vista jurídico, não vai fazer tanta diferença, porque a partir do momento que se faz uma brincadeira dessa, está se assumindo um risco dessa arma disparar, de alguém ser atingido e morrer. Então de qualquer modo, temos um homicídio doloso contra vida e o que nos resta agora é só apurar nos pormenores essas circunstâncias que ocorreu o crime”, explicou.
O delegado Fabrício Linard, acrescentou ainda que equipes estão em campo no intuito de identificar, qualificar e intimar, todas as pessoas que estavam presentes no apartamento no momento do crime.
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Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade