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O abrigo Grupo Assistencial Vida Saúde (GAVS) será investigado pela polícia, conforme solicitação do Ministério Público (MP) nesta quarta-feira (21). As investigações se darão por conta da morte de dois idosos em 2014 e pela prática de maus-tratos.
A morte dos idosos é investigada pela Delegacia do Idoso (Deati). Segundo o delegado Nilton Costa, suspeita-se que os dois idosos morreram por inanição. O local do abrigo foi periciado e foram constatados os maus-tratos, além de terem sido encontrados alimentos fora da validade ou estragados.
Conforme o delegado, as instalações do abrigo possuíam infiltrações, não tinham sistema de incêndio e o piso em desnível colocava em risco a locomoção dos idosos. O delegado disse ainda que não existia nenhum médico ou assistente social responsáveis e os funcionários não eram qualificados.
A diretora do abrigo, Neuza Rodrigues Torres, já é conhecida pela mesma modalidade criminosa, segundo o delegado. “Ela aluga imóveis, mantém idosos em péssimas condições e recolhe os cartões da aposentadoria. Quando surge uma denúncia, ela consegue escapar antes que a fiscalização chegue”, explicou.
Foto: Reprodução
Neuza responde por seis processos no Ministério Público e disputou um cargo de deputada estadual pelo DEM nas eleições de 2014. Segundo informações do Correio, 25 dos 37 idosos que moravam no abrigo foram retirados na noite anterior à visita da polícia.
O promotor responsável pelo caso, Ulisses Araújo, informou que o MP já pediu a condenação criminal da diretora. Segundo ele, também será decretada a prisão provisória e preventiva por sequestro e abandono de incapaz. Os idosos foram transferidos para abrigos nos bairros de Periperi e Piatã.