Acorda Cidade
Cerca de 40 kg de drogas, entre cocaína e maconha, foram incineradas nesta sexta-feira (14) pela Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI). De acordo com a delegada Danielle Matias, titular da DAI, as drogas são resultado de apreensões ocorridas em Feira de Santana, em poder de adolescentes, entre os meses de janeiro e agosto deste ano.
Foto: Polícia Civil
“Toda essa droga foi encontrada em poder de adolescentes, então a gente percebe que há um envolvimento grande dos menores com drogas, tanto em relação ao tráfico como a questão do uso pessoal. Eles chegam à delegacia e, a depender se o adolescente já teve entrada aqui pela questão do tráfico, podem ficar apreendidos ou não, já que o procedimento para apreensão de adolescente tem uns requisitos a mais”, afirmou.
Segundo a delegada, uma parte dos adolescentes conta onde conseguiu a droga e se for maior de idade o fornecedor, a DAI passa o depoimento para a Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE) para apurar. Outros adolescentes, conforme relatou, não contam a procedência da droga e com isso a polícia percebe que eles já estão inseridos no mundo crime.
“Infelizmente o tráfico de drogas está muito ligado aos homicídios. O adolescente tem uma peculiaridade em relação ao adulto, pois ele é inconsequente. Então ele está ali no meio do tráfico de drogas e muitas vezes, até para poder ser aceito, se um maior de idade solicitar que ele faça um homicídio, ele vai fazer, muitas vezes sem pensar nas consequências”.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
A titular da DAI lembrou ainda que os adolescentes que estão cometendo esses atos infracionais correm muito risco de vida. Ela avalia que muitos deles não têm participação familiar e estão entregues ao mundo do crime.
“Chegando aqui na delegacia, sendo situação de apreensão de droga, a gente vai apreender o adolescente até por uma questão de segurança. Quando um adolescente chega na delegacia e drogas são apreendidas, ele sabe que a vida dele está em risco, pois é uma droga que ele está perdendo e vai ter que dar conta para o fornecedor”.
As informações são do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade