Policiais da 2ª delegacia da Liberdade que investigam a identidade dos envolvidos na decapitação de duas adolescentes, em 18 de novembro deste ano na Nova Divinéia, identificaram o sexto suspeito de participação no crime. Danilo Rocha de Carvalho, de 18 anos, é mais conhecido como Cacaroto. Ele foi denunciado por Jarbas Cristiano Chaves de Souza e Adriano Silva Nunes como um dos autores do crime e, inclusive, estaria presente no momento em que as meninas foram mortas.
Ele ainda é acusado de participar das mortes do policial Edmilson Nascimento, em dezembro do ano passado, e do artista de rua Gildenor Ferreira de Oliveira, conhecido como Chaplin da Barra, em janneiro deste ano. Daniloe stá foragido.
Entenda o crime:
As duas meninas, as estudantes Gabriela Alves Nunes, de 13 anos, e Janaína Cristina Brito Conceição, de 16 anos, foram encontradas decapitadas na Avenida San Martin. A investigação apontou que elas foram mortas em uma casa em construção na Nova Divinéia e tiveram os corpos abandonados na San Martin para dispistar a polícia.
Dois suspeitos de participação no crime foram detidos no início do mês na Ilha de Itaparica. Jarbas Cristiano Chaves de Souza, o Cris, 24 anos, foi preso junto ao irmão e contou à polícia qual teria sido a motivação do crime bárbaro.
Segundo Cris, ele faz parte do bando de Lequinho, apontado como o mandante da execução das adolescentes. Ele disse que participou, com Adriano, que já está preso, e outros dois comparsas, de um assalto a um depósito de bebidas, em Pero Vaz, quando foi usado o Fiat Punto que depois serviu para abandonar os corpos das garotas na San Martin.
Depois do roubo, o bando foi para a Nova Divinéia, onde encontraram Lequinho com as duas adolescentes. Lequinho disse a todos que Janaína namorava Alan, líder do tráfico na região de Manguinho, no Engenho Velho da Federação. O grupo pretendia invadir o Manguinho e perguntaram às adolescentes onde Alan escondia as armas e as drogas. Janaína teria indicado um lugar onde seria o esconderijo de Alan.
Logo depois, Lequinho telefonou para um comparsa, ainda não identificado, que disse que a informação das garotas era mentira e que elas estavam tentando atraí-los para uma armadilha, por serem íntimas dos traficantes do Manguinho. Depois disso, segundo o depoimento de Cris, as duas começaram a ser agredidas com socos e pontapés. Nessa hora, Cris disse que saiu para comprar comida e que Lequinho passou por ele com um facão, dizendo que iria amolá-lo.
Cris negou ter envolvimento na execução das adolescentes, dizendo que passou todo o tempo vigiando um ponto que dá acesso à comunidade para o caso da polícia chegar – segundo ele, quem espancou e assassinou as meninas foram Lequinho, Branco, Adriano e Riso. ( As informações são do Correio)