Polícia

Polícia desativa "clínica" clandestina de aborto em Feira de Santana

Um homem suspeito de vender os medicamentos foi preso e outro, suspeito de administrá-los, está foragido.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Os investigadores da Delegacia de Homicídios (DH) de Feira de Santana apreenderam uma grande quantidade de medicamentos de uso controlado, utilizado para indução de aborto. Os remédios foram encontrados em uma residência no bairro Sobradinho, onde também funcionava uma farmácia, que era mantida como fachada, próximo ao Complexo de Delegacias.

Um homem suspeito de fornecer os medicamentos foi preso no último dia 5 de agosto, e agora a polícia está à procura do responsável pela ministração dos abortivos, que reside no mesmo local onde houve a apreensão.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Segundo o delegado Rodolfo Faro, titular da DH, o homem encontra-se foragido, uma vez que foi decretada sua prisão preventiva e até o momento não foi localizado. Ainda segundo o delegado, a investigação iniciou após uma denúncia, que culminou na deflagração de uma operação no início do mês de abril deste ano.

Vários abortos teriam ocorrido com a intervenção destes homens, e, de acordo com a polícia, a identificação de um deles ocorreu após quebra de sigilo telefônico.

delegado Rodolfo Far
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Foi através de denúncias sobre a existência de uma clínica clandestina para a prática de abortos, que a equipe da DH instaurou esse procedimento, que apurou o envolvimento de um indivíduo, que realizava esse tipo de crime, nas proximidades do Complexo Policial. Com a deflagração dessa operação, haja vista tenha o procedimento de quebra de sigilo telefônico, foi possível identificar o indivíduo [suspeito de vender os medicamentos]. Ele encontra-se detido por força do cumprimento do mandado de prisão preventiva, e vai responder pelo crime. Foram vários delitos de abortos durante a operação”, disse.

A polícia identificou algumas mulheres que se submeteram ao procedimento.

“Elas foram todas interrogadas e irão responder pelo delito de aborto consentido. Existem ainda investigações no sentido de verificar a existência de mais fornecedores de medicação. A polícia vai dar continuidade a estas investigações, não só neste sentido, mas também, na localização do principal alvo, que é o homem que realizava os abortos”, disse o delegado ao Acorda Cidade.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Rodolfo Faro informou que o homem que está foragido já responde processo criminal.

“[A clínica clandestina] funcionava em uma farmácia desativada, que era mantida como fachada. Ele residia no andar superior e, durante o dia, ele ministrava a medicação utilizada para a prática destes abortos. Ele já responde processos por venda de medicamentos falsificados, e agora a polícia busca localizá-lo para cumprir o mandado de prisão preventiva”, continuou.

Com relação ao homem que está detido por fornecer os medicamentos, o delegado informou que ele nega a prática delitiva, mas que as investigações apontam que o crime ocorre há muito tempo.

“Ele disse que conhece a pessoa há dez anos, e que há oito meses fornecia medicamentos de uso controlado. Mas as investigações apontam que é uma prática delitiva de muito tempo”, concluiu.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

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