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Ao desarticular, na tarde de quarta-feira (6), uma quadrilha de assaltantes de banco – com atuação no interior do estado e que dispunha de armamento pesado escondido em Alagoinhas e em Pojuca – a Polícia Civil conseguiu impedir um assalto a uma agência bancária no município de Biritinga, planejado pelo bando para os próximos dias.
Luciano Souza da Silva, o “Branco”, líder do tráfico no Bairro da Paz, em Salvador, e o seu cúmplice Amílton Pinto de Oliveira, o “Mitchu”, que chefiava a venda de drogas na localidade conhecida como Mangalô, na periferia de Alagoinhas, e que já cumprira pena na Colônia Lafayete Coutinho por prática de roubo, morreram em troca de tiros com policiais.
Quatro comparsas de Branco e Mitchu, identificados como Antônio Augusto Soares da Anunciação (Conan), Paulo Xavier dos Santos (Paulão), Adílson Moreira dos Santos (Dicinho) e Bruno Santos Souza (Bil), foram apresentados, hoje à tarde (6), à imprensa, no edifício-sede da Polícia Civil, juntamente com metralhadoras, pistolas, revólveres, farta munição e droga apreendidos com o grupo
Durante a entrevista coletiva, o delegado-geral Hélio Jorge falou sobre as bases montadas em seis municípios baianos – Feira de Santana, Juazeiro, Barreiras, Vitória da Conquista, Teixeira de Freitas e Itabuna – especializadas em investigações de roubo a banco. “Continuamos com o trabalho intensivo de investigação e, identificados os criminosos, equipes da Coordenação de Operações Especiais se deslocam para efetuar as prisões”, explicou.
Acrescentou ainda que o posicionamento destas bases é flexível, havendo a possibilidade de deslocá-las, a depender da necessidade, para outras regiões. “Mais de 50 policiais, que receberam treinamento específico para atuar nessas ações, estão lotados nas bases e contam com o apoio de uma equipe formada por 30 agentes da COE”, ressaltou.
Operação
Comandada pelo delegado Ricardo Esteves Brito Costa, coordenador da 2ª Coordenação Regional de Polícia do Interior (Alagoinhas) e com apoio da COE, a operação foi deflagrada após a Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública ter informado sobre um esconderijo de armas pesadas naquela região.
Numa casa abandonada no bairro Mangalô, os policiais localizaram, enterradas no quintal, quatro metralhadoras municiadas, três pistolas (ponto 40, 19mm e 380), uma espingarda calibre 12, dois revólveres calibre 38, coletes balísticos e uma farta munição de calibres 45, 9mm e ponto 40.
Enquanto as armas eram apreendidas, três homens, ocupando um veículo Corsa, licença de Salvador, chegaram ao local e tentaram fugir em direção à BR-101. Perseguidos pelos policiais, houve confronto e Branco e Mitchu acabaram baleados e mortos, embora tivessem sido conduzidos para o Hospital Dantas Bião. O terceiro ocupante do carro, que conseguiu escapar, continua sendo procurado.
No bairro Barreiro, também em Alagoinhas, as equipes da 2ª Coorpin e da COE capturaram Adílson Moreira dos Santos, o “Dicinho”, surpreendido com um veículo Jetta roubado. Motorista da quadrilha, ele responde a processo por prática de roubo e costumava tomar carros de assalto em Salvador. No Jetta, os investigadores encontraram cerca de meio quilo de maconha.
A operação prosseguiu na zona rural de Pojuca, tendo os policiais achado numa fazenda uma submetralhadora 9 mm e cerca de R$ 5,5 mil em espécie. O local também servia de esconderijo para as armas pertencentes a Branco, que ficavam sob a responsabilidade de Paulo Xavier dos Santos, o Paulão, preso em flagrante em companhia de Conan e já com pena cumprida em Salvador, por tráfico de drogas e roubo.
Vandalismo
Autuados em flagrante por formação de quadrilha e posse ilegal de arma e munição, Dicinho, Paulão e Conan estão custodiados na carceragem da 2ª Coorpin. Surpreendido com 500 gramas de maconha, Dicinho também foi autuado por tráfico de drogas. O bando, que tinha Branco como um dos líderes, já havia assaltado agências bancárias nas cidades de Mairi e Sátiro Dias.
Em represália à morte do traficante Mitchu, Bruno Santos Souza, o Bil, e três adolescentes (já apreendidos) assassinaram o comerciante Reginaldo Alves dos Santos, dono de um mercadinho. Eles também incendiaram, por volta das 21 horas, um ônibus. As informações são da SSP.