Uma grande operação envolvendo a Polícia Civil, Polícia Militar foi deflagrada na tarde desta quinta-feira (11), na região do Terminal Rodoviário em Feira de Santana. Cerca de 200 agentes participaram da ação. Denominada de Infernalis Taberna, a operação isolou a área e os policiais adentraram em alguns estabelecimentos.
A delegada Thiara Martins, titular da 1ª Delegacia, que é a delegacia que atua na área do Terminal Rodoviário, disse que existiam investigações em curso relacionadas ao cometimento de crimes contra o patrimônio, roubos, lesões corporais seguidas de morte, tentativas de homicídios na região, onde, de acordo com ela, o tráfico de drogas também se desenvolve. Ela informou que operação Infernalis Taberna teve êxito no cumprimento de três mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva.
“Apreendemos material entorpecente no interior de três estabelecimentos do tipo hospedaria, foram identificados outros alvos de pessoas relacionadas ao tráfico de drogas e serão conduzidos à delegacia para esclarecimentos”, afirmou.
Para a delegada, além o êxito no cumprimento dos mandados de busca e apreensão, de prisão preventiva e a apreensão de materiais, a operação foi deflagrada em um momento oportuno, uma vez que se aproxima a Micareta e alvos em potencial e materiais ilícitos foram retirados de circulação.
Ela relatou que na ação foi utilizada a bomba de efeito moral e que esta intervenção contribuiu para dar acesso aos cômodos dos estabelecimentos.
O delegado Yves Correia, coordenador da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior (1ª Coorpin), disse que as investigações vem sendo feitas há alguns meses e que mesmo com todo o policiamento operacional, a traficância na região do Terminal Rodoviário permanece. De acordo com ele, não se pode olhar este fato com normalidade.
“Não é normal, é uma prática constante e habitual de crimes e a gente vai continuar firme. O estado está presente e não vai tolerar qualquer tipo de cracolância na cidade. A Polícia Civil e a Polícia Militar entram em qualquer lugar e qualquer lugar está sujeito a interferência de marginais. Cabe a nós identificá-los e retirá-los de circulação nesse ciclo operacional constante que estamos fazendo”, pontuou.
O major da Polícia Militar, Fernando, comandante da 64ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), responsável pela área do centro da cidade, falou ao Acorda Cidade sobre a participação da Polícia Militar na operação.
“A Polícia Militar participou ativamente, a Rondesp, a Cipe Leste, com o efetivo da Polícia Civil, desencadeou a operação aqui na área da rodoviária e a PM, a parte da 64ª CIPM, ficamos na parte do perímetro, com o pessoal do efetivo do Asa Branca, na parte dos fundos de uma das pousadas e na rua que dá acesso também ao quarteirão, na parte do fundo, para que se houvesse alguma tentativa de fuga, alguma tentativa de dispersão de material, nós fizéssemos a contenção”, explicou.
Segundo o major, no início da operação as pessoas estranharam a presença policial nas ruas, mas logo depois obedeceram às ordens que foram emanadas e cumpriram as determinações.
“Foram feitas as buscas, a revista dos quartos, e tudo isso dentro da normalidade, dentro de uma ordem e para o cumprimento da missão, que era o apoio ao pessoal da Polícia Civil no cumprimento de mandados de busca e apreensão e no cumprimento de mandados de prisão também”, destacou.
Além disso, o major considerou o espaço como um dos mais sensíveis da 64ª, onde frequentemente ocorrem crimes relacionados ao uso de drogas e assaltos, e que a intervenção policial tem tentado garantir a segurança à população do entorno.
“É onde a gente vislumbra frequentemente os cometimentos de crimes por parte de usuários de drogas, por pessoas que vêm aqui, fazem uso de droga e às vezes vão arrombar um estabelecimento, vão assaltar um pedestre, uma pessoa que está vindo aqui, embarcar em um ônibus. Então, a gente tem constantemente tido problemas dessa ordem e a gente tem que fazer as conduções para a Delegacia e tem que fazer intervenção da PM para dar essa sensação de segurança à população que vive aqui no entorno da rodoviária”, acrescentou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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