Gabriel Gonçalves
A Polícia Civil da Bahia realiza, até a próxima quinta-feira (29), um curso de capacitação para servidores no auditório do Sesi, no Alto do Cruzeiro, em Feira de Santana. A programação faz parte do projeto da Academia de Polícia e tem como tema, 'Treinamento e Desenvolvimento para Servidores'.
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada geral do Estado da Bahia, Heloísa Campos de Brito, informou que o curso tem como propósito capacitar os servidores em atendimentos específicos.
"Durante esses quatro dias, estes servidores terão aula acerca da qualidade e atendimento nas delegacias, assim como instruções normativas internas da Polícia Civil e vamos trabalhar na aplicação do protocolo de feminicídio, nestes crimes que são cometidos contra as mulheres. Vamos trabalhar no protocolo de atendimento aos grupos vulneráveis e focar um pouco nas abordagens acerca das doenças psicológicas e seus sintomas, o que procurar nesse momento. De modo geral, a sociedade adoeceu muito com a pandemia, nós percebemos isso em vário setores do nosso âmbito doméstico, com os amigos e na Polícia, não foi diferente, nosso departamento médico está desenvolvendo um atendimento psicológico e psiquiátrico dos nossos colegas que precisam de suporte nesse momento tão difícil e, por último, ainda presente nesta capacitação, teremos a prática de armamento e tiro", explicou.
De acordo com a delegada, existe um projeto de um novo complexo para Feira de Santana e informou que ainda aguarda licitações para a reforma no Complexo de Delegacias Investigador Bandeira, no conjunto Jomafa.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
"Nós encaminhamos para Feira de Santana, oito novos investigadores e mais dois delegados. Já temos um projeto da construção de um novo Complexo e essa já está em fase de licitação, a ideia é que possamos dar estruturas mais dignas e condições com as necessidades dos nossos servidores e que reflita um pouco de conforto e acolhimento para as pessoas que procuraram as nossas unidades policiais. Quanto ao Complexo do Jomafa, a ideia é que esse ano ainda, a gente consiga iniciar o processo de licitação deste Complexo", disse ao Acorda Cidade.
Na última terça-feira (20), foi divulgado pelo estudo do Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal do México, Feira de Santana como a nona cidade mais violenta do mundo.
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Segundo a delegada geral, os critérios que estão descritos na pesquisa não foram analisados, mas afirma que mais de 70% dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), estão envolvidos com tráfico de drogas.
"Nós não analisamos os critérios que estão descritos nesta pesquisa mexicana, mas tivemos a ciência que isso foi divulgado na semana passada e a gente também sabe que a questão de CVLI está no Brasil como um todo. A gente vem observando esse aumento dos crimes contra a vida e mais de 70% são envolvidos com questões de tráfico de drogas, isto é a realidade e a Polícia Civil vem trabalhando diuturnamente para combater isso, seja através da chegada de armamento que vem de modo ilegal, seja através da prisão dos principais líderes. Precisamos tirar esses indivíduos do contato com a sociedade como forma de evitar que essa criminalidade se perpasse", destacou.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Concurso Público
Questionada sobre algumas delegacias localizadas no interior baiano e que não possuem delegados titulares, a delegada geral, Heloísa Campos de Brito, explicou que a Polícia Civil teve uma grande mudança através da Legislação Federal, com um grande número de aposentadorias e explicou que é provável que ainda neste ano, seja possível iniciar um processo de recrutamento através de concurso público.
"Isso é um dado de realidade e já levamos esta questão ao Governo do Estado que se mostrou sensível e nos mostrou que ainda neste ano, a gente consiga iniciar um processo de recrutamento e seleção através de concurso público. Infelizmente nós tivemos um número alto de aposentadorias em razão da previdência, uma mudança na Legislação Federal e que teve consequências no estado da Bahia. Nós estamos cientes e estamos tentando recrutar novos servidores para que possa suprir essas lacunas. Independente disso, até a chegada de novos servidores, estamos trabalhando com a questão da substituição, onde um colega delegado substitui em outra cidade que não tenha delegado, como forma de prestar os serviços da polícia judiciária nesses locais", concluiu.
Foto: Ney Silva/Acorda Cidade
Com informações de repórter Ney Silva do Acorda Cidade
