Operação off-line

Polícia Civil prende acusados de aplicar golpe da venda de chips em Feira de Santana

Eles foram presos em cumprimento a um mandado de prisão temporária decretada pelo juiz Armando Duarte Mesquita Junior.

Andrea Trindade

A Polícia Civil de Feira de Santana cumpriu três mandados de prisão temporária contra duas mulheres e um homem na manhã desta quinta-feira (6), durante a Operação Off-line. Segundo o delegado Deivid Lopes, titular da 1ª Delegacia, os três foram presos por estelionato.

Foto: Polícia Civil/Montagem Acorda Cidade

Segundo a investigação, Rafael de Souza Nicolau, 28 anos, Daniela Pereira da Silva, 37, e Maria Elizangela Santos Souza, 32, trabalhavam como vendedores externos para uma operadora de telefonia e estariam aplicando golpes contra a empresa e contra pessoas que eram abordadas por eles para aderirem aos planos.

O delegado explicou ao Acorda Cidade que as pessoas não autorizavam o contrato, no entanto os acusados fraudavam contratos com dados das vítimas e vendiam chips para outras pessoas com a oferta de serem planos gratuitos. Com isso as empresas de telefonia deixavam de receber o pagamento dos clientes cadastrados e estes clientes, sem saber que estavam cadastrados, não efetuavam nenhum pagamento para as empresas. Alguns deles chegaram a ter nomes negativados por conta do golpe.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Deflagramos a operação em conjunto com a 1ª, 2ª e 3ª delegacias territoriais de Feira de Santana. A investigação começou após denúncia feita por uma operadora de telefonia. Eles trabalhavam como vendedores externos, atividades nas quais eles captavam clientes para fechar contratos junto à operadora para as pessoas usarem os serviços da empresa. Contudo, foi verificado que o nível de inadimplência dos clientes estava muito alto, muitos contratos estavam sendo fechados, mas os clientes não estavam pagando. Quando a operadora iniciou o contato com esses clientes verificou que esses clientes não tinham autorizado o fechamento do contrato e sequer sabiam que tinham vínculo com as operadoras envolvidas. Diante disso, o fato foi levado para a delegacia e, na apuração, foi verificado que eles faziam contratos fraudulentos usando nomes de terceiros gerando chips com ativação de linhas e esses chips eram vendidos para outras pessoas usarem esses serviços sem pagar nada”, relatou o delegado.

A prisão temporária foi decretada pelo juiz Armando Duarte Mesquita Junior, Titular da 1ª Vara Crime de Feira de Santana, e cumprida nas residências dos investigados pelos delegados Deivid Lopes, Bianca Torres e André Ribeiro. Segundo a polícia, Rafael de Souza reside no bairro Cidade Nova, Daniela Pereira, no Alto do Papagaio, e Maria Elizangela, no centro da cidade.

O delegado Deivid Lopes informou que o número exato de vítimas ainda não foi contabilizado, mas que as operadoras identificaram até agora cerca de 100 contratos. “No final das contas eles geravam um prejuízo para as operadoras que prestavam o serviço sem receber por isso, geravam prejuízos para as pessoas que estavam cadastradas na linha, mas que não tinham nenhuma relação com o contrato e acabaram com seus nomes negativados por conta dos dados usados indevidamente. Esses indivíduos lucravam tanto junto à operadora que pagavam por cada contrato fechado, quanto das pessoas que compravam esses chips com eles. Só quando as vítimas iriam verificar a situação junto à operadora, tinham conhecimento do contrato fraudulento e verificavam que a documentação apresentada e assinatura feita não condiziam com a realidade”, afirmou o delegado.

A prisão temporária tem duração de 30 dias podendo ser prorrogada por mais 30 dias. Os três foram conduzidos para o Conjunto Penal de Feira de Santana. As investigações continuam em andamento.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
 

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