Acorda Cidade
Mais de dez toneladas de drogas, avaliadas em R$ 10 milhões, que estavam armazenadas na Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), em Salvador, foram incineradas na terça-feira (11), no forno de uma empresa siderúrgica, na Região Metropolitana (RMS). O titular da DTE, delegado Maurício Moradillo, e representantes do Ministério Público (MP) e Departamento de Polícia Técnica (DPT) acompanharam a destruição das drogas, feita mediante autorização da Justiça.
Um esquema especial de segurança foi montado pela Polícia Civil para transportar entre a DTE, no Complexo Policial dos Barris, e a siderúrgica, na RMS, 9,5 toneladas de maconha, meia tonelada de cocaína e crack, além de outras drogas como LSD, ecstasy, lança-perfume e produtos químicos para refino. Policiais da Coordenadoria de Operações Especiais (COE), da Polícia Civil, e uma aeronave do Graer, da Polícia Militar, apoiaram a operação, também acompanhada por uma equipe da Vigilância Sanitária.
O planejamento estratégico, feito pelo delegado Maurício Moradillo, durou seis meses, período em que foram catalogados todos os inquéritos policiais instaurados na DTE, nos últimos anos, e solicitadas autorizações judiciais de incineração às três Varas de Tóxicos de Salvador e a cerca de 40 Comarcas do interior, onde o Denarc teve atuação.
Segundo o diretor do Denarc, delegado André Viana, a DTE passa a adotar, a partir de agora, um protocolo semestral para incinerações de drogas apreendidas, evitando assim o armazenamento, por longo período, naquela unidade policial. “Daremos mais celeridade às operações de incineração, chanceladas pelas recentes modificações na Lei Antidrogas”, salientou André Viana.
Fotos: Polícia Civil