Polícia

Polícia Civil aguarda laudo pericial que informará se criança que morreu no HEC sofreu abuso sexual

O delegado frisou ainda que um caso como esse é preciso trabalhar com muita cautela e atenção.

complexo de delegacias do Sobradinho foto Aldo Matos Acorda Cidade
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

A Polícia Civil de Feira de Santana está aguardando o laudo pericial para saber se a criança de 2 anos e 11 meses que morreu no último sábado (13), no Hospital Estadual da Criança (HEC) foi vítima ou não de abuso sexual. O delegado Alisson Carvalho Titular da 2ª Delegacia Territorial (2ª DT) conversou com a reportagem do Acorda Cidade e falou sobre as providências tomadas durante a investigação. Segundo ele, haverá ainda a ouvida de várias pessoas ligadas a criança, a sua família, aos padrinhos e ao hospital.

“Eu recebi o trabalho preliminar realizado pela delegada Dorean Sores, que estava no plantão regional e inicialmente ela já tinha feito a ouvida da mãe da criança falecida, assim como também dos padrinhos. Ao receber esse procedimento eu verifiquei que faltam realizar ainda algumas diligências dentre elas a juntada do próprio laudo, onde nós temos uma informação preliminar e informal de um suposto abuso sexual dessa criança. Analisados os autos aqui por mim, eu não constatei nenhuma documentação de médico ou pericial, formal que constate de fato esse abuso sexual. Temos a informação de uma pessoa e com base nessa informação nós estamos tentando localizar essa pessoa para intimá-la aqui para que ela confirme essa versão. A informação de dentro do próprio hospital e nós iremos fazer a ouvida dessa pessoa”, afirmou.

Ele contou que nesta quarta-feira (17) mais duas pessoas foram ouvidas e pelo menos mais nove passarão pelo mesmo procedimento.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

“Dentre elas, pessoas ligadas aos padrinhos da criança, porque também mantiveram contato com ela, também pessoas de dentro do hospital para confirmar a origem dessa informação de abuso sexual, já que a informação dos autos não informa nada formalmente e também parentes da criança em Minas Gerais, para onde enviaremos uma carta precatória e aguardaremos a resposta da Polícia Civil de lá para que a gente possa concluir as nossas investigações. Já mantivemos contato com a mãe da criança ontem, novamente para acrescentar algumas informações às investigações. Tínhamos a esperança de realizar uma nova ouvida dela aqui em Feira de Santana, mas já tivemos conhecimento de que ela já tinha retornado para a cidade de Contagem, onde ela atualizou o endereço para as nossas equipes e também confirmou que a criança foi enterrada naquela cidade”, relatou.

O delegado frisou ainda que um caso como esse é preciso trabalhar com muita cautela e atenção. De forma a levantar o máximo de informações que esclareçam de fato o que levou a morte da criança.

“Temos que trabalhar de acordo com a gravidade das informações que chegam até a gente. Ao longo dos quase 20 anos de profissão já peguei um caso parecido e que inicialmente pensou-se se tratar de um abuso sexual e posteriormente o laudo veio negativo, constatando que se tratava de uma lesão no ânus, mas gerada por outra origem que não tenha sido um abuso sexual. Neste caso aí estaremos atentos para fazer justiça caso o laudo dê positivo para os abusos sexuais. Mas, como eu disse inicialmente temos apenas informalmente a informação dentro dos autos que possa ter ocorrido e então estaremos atentos, trabalhando e buscando outros elementos para somar junto com o laudo e caso seja constatado que a gente dê a resposta. Que esse fato não fique impune dada a sua gravidade”, encerrou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

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