Polícia

PM acusado de envolvimento em morte de subtenente se apresenta à polícia

O policial contou que houve troca de tiros com o subtenente após ele ser confundido com uma pessoa que estava praticando assaltos.

Rachel Pinto

O policial militar Sérgio Ricardo Sobral Ramos, acusado de envolvimento na morte do subtenente da PM Juceny Rodrigues da Fonseca Ottoni, 48 anos, na noite de quinta-feira (21), no conjunto Feira VII em Feira de Santana, se apresentou à polícia na manhã desta sexta-feira (22).

Subtenente Ottoni (Foto Arquivo Pessoal)

Sérgio Ricardo é acusado de ter participação no assassinato do subtenente, assim como o soldado PM Adriano Nascimento Silva, que foi baleado na perna durante a ação e está internado no hospital Emec. Eles estavam no Conjunto Feira VII e informaram o fato ocorreu após o confundirem com uma pessoa que estava praticando assaltos no bairro.

Sérgio Ricardo apresentou-se à polícia acompanhado pelo advogado Guga Leal. O advogado Guga Leal, constituído para a defesa de Sérgio Ricardo informou em entrevista ao Acorda Cidade que Sérgio está muito abalado com o fato e com a morte do subtenente Ottoni. Segundo ele, Sérgio queria ontem mesmo se apresentar à delegacia.

Advogado Guga Leal (Foto: Ed Santos/Acorda Cidade)

Guga Leal relatou que o policial afirmou que ontem a noite saiu de casa a pedido da esposa para comprar salsichas para fazer cachorro-quente. Ele encontrou o colega Adriano na rua, quando um transeunte passou informando que um homem em uma moto tinha roubado três celulares no bairro.

Sérgio Ricardo e Adriano então saíram em diligência a procura desta pessoa. Eles encontraram o subtenente que estava em uma moto e com uma mochila nas costas e fizeram a abordagem. Conforme o depoimento, eles pediram que o mesmo não colocasse a mão na cintura, e neste momento houve a troca de tiros.

“Infelizmente não era um bandido. Era o subtenente a pessoa que estava na moto. Houve a troca de tiros e Sérgio está muito abalado por ter contribuído para tirar a vida de um colega. Ele se apresentou espontaneamente hoje e entregou a arma. Ele não tinha motivo algum para tirar a vida do subtenente e houve um acidente”, declarou Guga Leal em entrevista ao Acorda Cidade.

O advogado frisou que o seu Sérgio vai colaborar com todos os procedimentos da polícia, também se apresentará ao comandante do Comando de Policiamento Regional Leste (CPRL) e encontra-se a disposição da justiça.

A perícia técnica vai identificar se os tiros que mataram o subtenente foram disparados por Sérgio Ricardo ou Adriano. Guga Leal revelou que Sérgio disse ter atirado, mas não tem certeza se todos os tiros foram deflagrados da sua arma.

O delegado Luis Smylov Filgueiras que ouviu o depoimento do policial Sérgio Ricardo contou ao Acorda Cidade que a versão dele foi convincente. De acordo com ele, Sérgio explicou a mesma versão divulgada pelo advogado Guga Leal.

“Ele informou que a situação foi muito rápida e não me deu a precisão se deu tempo o subtenente se identificar. O subtenente foi alvejado com cerca de seis tiros e o policial Adriano não negou que houve a troca de tiros e que ele também atirou. Não tem porque ele está mentindo e o depoimento convenceu”, acrescentou.

O delegado comentou ainda que a polícia continua o trabalho de investigação com o objetivo de tirar todas as dúvidas sobre o fato. Depois o caso seguirá par ao judiciário que vai tomar as medidas cabíveis.
O morador do bairro Tomba, Leonardo Cruz, de 35 anos, que passava pelo local no momento do ocorrido foi baleado de raspão na cabeça e socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA). No local a polícia apreendeu duas armas e duas motocicletas.

Leia também:  Subtenente da Polícia Militar é morto a tiros em Feira de Santana e dois PMs têm prisão decretada

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
 

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