Acorda Cidade
O pedreiro Reginaldo Ferreira de Souza Bonfim, o “Baiano”, de 30 anos, acusado de sequestrar, torturar e matar a dona de casa Apolônia de Oliveira Santos, 60, foi recambiado para Salvador, no sábado (20), depois de permanecer foragido, por vários meses, no estado de São Paulo. Assassinada em sua casa, no bairro de Narandiba, no ano passado, a aposentada teve o corpo enterrado em um areal, na zona rural de Vitória da Conquista.
Com prisão preventiva decretada pela 5ª Vara Criminal, Reginaldo foi capturado por investigadores do 2ª Distrito Policial (DP), de Santo André, Região Metropolitana de São Paulo. Depois de desembarcar no Aeroporto de Salvador, o criminoso seguiu para interrogatório no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, sob escolta do Grupo de Apreensão e Captura (Grac). O titular da 3ª Delegacia de Homicídios (DH), delegado Guilherme Machado, apresentou o criminoso à imprensa, na manhã desta segunda-feira (22), no auditório do DHPP.
Ao ser preso no interior paulista, Reginaldo confessou o crime, e alegou ter matado a aposentada por desentender-se com ela, quando negociavam o pagamento por um serviço que vinha fazendo na residência da vítima, em Narandiba. Ele já havia sido indiciado em inquérito instaurado no DHPP, por latrocínio.
AREAL
Desaparecida desde o dia 4 de julho de 2013, Apolônia foi encontrada morta em 18 de agosto daquele ano, no interior da Fazenda Campo Bravo, no distrito de José Gonçalves, em Vitória da Conquista. Equipes da 10ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Vitória da Conquista) e da Polícia Militar, responsáveis pelas buscas, localizaram o corpo da aposentada enterrado num areal, já em estado de decomposição. O Departamento de Polícia Técnica (DPT) fez a identificação.
Segundo as investigações, a vítima chegou a ser vista por vizinhos, acompanhada do pedreiro, que, além de levá-la, já morta, de Salvador para Vitória da Conquista, roubou-lhe um notebook, uma máquina fotográfica, aparelhos celulares e um veículo Palio, de cor prata, placa JSY 6431. Incendiado pelo criminoso, o carro foi encontrado no povoado de Simão, zona rural de Conquista, onde ele tem familiares.
Reginaldo teria retornado ao local do crime no dia 7 de julho, conduzindo o Palio, e pediu a um segurança da Fazenda Campo Bravo algumas ferramentas para desatolar o carro. Essas ferramentas supostamente foram usadas para enterrar o corpo de Apolônia. Moradores da região chegaram a flagrá-lo conduzindo o veículo da aposentada. O criminoso também foi reconhecido pelo empregado da fazenda.