Acorda Cidade
O trabalho de investigação de equipes da Polícia Civil (PC) e de análise do Departamento de Polícia Técnica (DPT) na elucidação da morte do engenheiro Sérgio de Brito Domingos, ocorrida no bairro da Barra, em setembro de 2015, chegou ao fim com a identificação do autor do roubo seguido de morte.
O assassino de 31 anos, que cumpre pena na Penitenciária Lemos de Brito pelos crimes de latrocínio e furto, foi identificado através do confronto de materiais genéticos encontrados na bituca de um cigarro deixado na cena no crime. Os dados do autor foram inseridos no Banco Nacional de Perfis Genéticos (Bnpg), após o trabalho de investigação da 14ª Delegacia Territorial (DT) da Barra e de peritos da Coordenação de Genética Forense do Laboratório Central de Polícia Técnica (Lcpt).
A compatibilidade gerada entre os genes achados nos materiais espalhados pelo apartamento da vítima com os do autor só pode acontecer após o DPT baiano iniciar, em 2018, dentro de unidades do sistema prisional, um trabalho de coleta de DNA de suspeitos condenados por crimes graves e inseri-los no Bnpg.
Em janeiro deste ano, as equipes de genética forense, responsável por realizar os exames dos materiais coletados e gerenciar o banco de dados, detectou a conexão dos materiais biológicos e apontou o principal suspeito do crime.
Após ser identificado, o homem foi interrogado pela delegada Mariana Ouais, titular da 14ª DT e responsável pelo caso, onde confessou como aconteceu o crime. “Ele não aparentava estar arrependido por ter tirado uma vida, mas sim por que isso agravaria a pena. Durante a conversa ele tentava fugir dos assuntos, mas chegou o momento que ele confessou todo o crime”, explicou.
O inquérito foi concluído com o indiciamento do presidiário pelo crime de latrocínio e, se condenado, a pena poderá chegar a 30 anos de reclusão.
Relembre o caso
Em setembro de 2015, equipes da Delegacia Territorial da Barra foram acionadas após o corpo do engenheiro ser encontrado em seu apartamento. “Assim que os investigadores chegaram ao local, perceberam que o apartamento estava bastante revirado e com sinais aparentes de uma briga que antecedeu a morte”, detalhou Ouais.
Foi solicitada a perícia e as equipes do DPT coletaram evidências que poderiam levar a identificação do autor do crime e as encaminharam para a Coordenação de Genética Forense. Lá, os cruzamentos foram feitos com os de diversos suspeitos, sendo o autor identificado.
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram