O pai do recém-nascido Levi Ribeiro de Jesus Santos, que morreu na noite do último domingo (25) no Hospital da Mulher em Feira de Santana, esteve na tarde desta terça-feira (27) no Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho para prestar queixa contra a médica que realizou o parto.
Ao Acorda Cidade, Jairo Silva Santos contou que a esposa Michele Ribeiro ainda está muito abalada com o acontecido, e reafirmou que o procedimento realizado no dia do parto, não foi de acordo como estava prescrito pela Secretaria Municipal de Saúde.
“Eu vim fazer este registro desta queixa contra a doutora lá do Hospital da Mulher, porque ela foi negligente com minha esposa. Minha esposa estava com a ata da secretaria para ser feito um parto cesariano e foi tudo apresentado a ela, os exames do bebê, o pré-natal, e ela não acatando a decisão da secretaria, dizendo que o procedimento da secretaria e do acompanhamento médico que minha esposa teve era um, e o procedimento do hospital lá era outro, que era o que ela achava que deveria ser feito”, apontou.
Segundo Jairo, a expectativa agora é que a justiça seja feita.
“Com essa queixa, eu pretendo seguir em frente com todos os órgãos competentes para que venha ser feito justiça, porque na realidade, ela cometeu um crime, seriam dois crimes, mas Deus foi maravilhoso e intercedeu pela vida da minha esposa, mas o meu filho infelizmente não resistiu. Ele estava internado lá na UTI do Hospital da mulher e veio a óbito no dia 25. Vou acionar o Ministério Público, inclusive, eu já estive até no Ministério Público, mas não tinha formalizado a queixa, e estou aguardando a direção do Hospital da Mulher me passar o prontuário médico, porque assim foi solicitado pela atendente lá do Ministério Público”, explicou.
Diante do fato, Jairo Silva contou ao Acorda Cidade que nem ele, nem a esposa, ainda conseguem entrar no quarto que foi feito para o bebê.
“Ela está muito abalada, assim como eu também. Estou pedindo forças a Deus, é Deus quem está me capacitando para poder estar fazendo uma assistência psicológica para ela [esposa], porque ela não está bem, inclusive não está conseguindo nem entrar no quarto que a gente preparou para o nosso filho, infelizmente uma situação muito triste e lamentável. Iremos pegar o prontuário médico para dar início nesta luta, eu sei que não vai ser fácil, mas espero que seja feita a justiça, pois eu confio. Eu tenho consciência que não fiz nada para agravar a conduta da médica, mas estou procedendo como um pai que está sentido porque perdeu o seu filho, que teve um planejamento, que lutou para que o filho tivesse saúde e por conta de uma negligência médica, veio a óbito”, concluiu.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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