Rachel Pinto
Nos últimos meses, depois do início das obras do Transporte Rápido por Ônibus (BRT), muitos comerciantes, pedestres e moradores têm reclamado bastante dos frequentes assaltos nas imediações das avenidas Getúlio Vargas e Maria Quitéria. Todos os dias são registradas ocorrências e a população está apreensiva com a situação, de modo que tem solicitado mais patrulhamento e ações da Polícia Militar.
O major Lucio José, comandante da 64ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), confirmou o grande número de queixas sobre os assaltos na região. De acordo com ele, essa situação já era prevista pela polícia por conta da geografia do local, que oferece aos bandidos possibilidade de proteção e camuflagem. Ele informou que a polícia montou um planejamento estratégico baseado nesses fatores e que está intensificando ações de policiamento na área.
“A gente realizou um planejamento estratégico e com o início daquelas obras já havia uma previsibilidade de aumento da insegurança ali em função da geografia que ajuda o bandido a ter algum aparato para se proteger e se camuflar. Montamos estruturas para que a gente pudesse fazer rondas com as motos e rondas a pé”, disse.
O major informou que foi reativado o módulo da Polícia Militar na Avenida Getúlio Vargas, inclusive, a pedido da comunidade, que estava se queixando bastante da ocorrência de assaltos. “No primeiro momento, por conta do incômodo, havia a necessidade de desestabilizar, de retirar aquele módulo ali, mas depois nós voltamos atrás por conta do pedido da própria comunidade. Mantivemos o módulo e fazemos o patrulhamento”.
Elaine Rocha trabalha nas proximidades das obras do BRT e relatou que nos últimos meses foi assaltada três vezes. Ela disse que está com medo de andar nas ruas. “Estou andando atormentada. Com as obras do BRT as avenidas encontram-se um tremendo deserto, no qual os bandidos aproveitam para assaltar pessoas como eu, que trabalham e só quererem voltar pra suas casas. É preciso uma solução pra isso”, desabafou.
Ações policiais
Sobre as ações da polícia, o major Lucio José explicou que estão sendo realizadas abordagens e fechamento dos lados das avenidas. Ele disse que a maioria dos delitos são praticados por adolescentes nos horários de 7h40, 12h30 e às 18h. Lúcio José ressaltou ainda que a participação da comunidade é fundamental para o trabalho da polícia.
“A participação da comunidade é fundamental para o nosso trabalho. Eu costumo dizer que nós não conseguiríamos realizar metade do que a gente realiza hoje se não houvesse a participação da comunidade. Eu conclamo que as pessoas e os comerciantes se engajem nesse projeto e busquem nos comunicar. Temos os canais diretos como o 190, para fundamentar as denúncias e as queixas, para que a gente possa recepcionar esse material aqui e a partir daí trabalhar”, concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade