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Número de homicídios triplica em Salvador desde a greve dos PMs
Média foi de 17 homicídios por dia na cidade deste a última terça-feira (15), quando começou a greve da Polícia Militar, até domingo (20).
Os efeitos da greve dos policiais militares ainda são sentidos na Região Metropolitana de Salvador. Segundo as estatísticas da própria polícia, o número de homicídios triplicou na última semana. George é policial militar aposentado. O filho dele, de 29 anos, morreu na sexta-feira na periferia de Salvador. O rapaz teria sido vítima de uma bala perdida.
"Teve um arrastão lá, dois carros lá fazendo um arrastão, aí ele estava na rua próxima, 50 metros da casa dele", conta George Teixeira, policial aposentado.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, foram 104 assassinatos em Salvador e Região Metropolitana de terça-feira à noite, quando começou a greve da Polícia Militar, até domingo, três dias depois de os policiais terem voltado ao trabalho.
Nesse período, a média foi de 17 homicídios por dia. Em condições normais, a média diária, de acordo com a PM, é de cinco homicídios. Só no feriado de Semana Santa, já com os policiais de volta ao trabalho, o número de assassinatos foi 57% maior que no mesmo período do ano passado. A maioria das vítimas era do sexo masculino e jovem, tinha menos de 30 anos. Foi em bairros periféricos de Salvador que aconteceu a maior parte desses homicídios. Segundo a Secretaria de Segurança, muitos deles estão relacionados a disputas entre traficantes.
“Nossa prioridade é investigar todos os crimes que foram cometidos durante a greve da Polícia Militar deste ano, para dar prioridade a essas investigações e apontar a autoria desses homicídios", declara Maurício Barbosa, secretário de Segurança Pública/BA. O policiamento já foi normalizado, segundo o comando da PM, mas homens do Exército continuam reforçando a segurança em Salvador.
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