Feira de Santana registrou 10 homicídios até às 19h30 desta terça-feira (18), sendo três ocorrências registradas na região do bairro Tomba. Segundo o delegado adjunto da Delegacia de Homicídios IIl, Fabrício Linard, os casos não apresentam relação direta entre si e não indicam um aumento alarmante na violência na região. Apesar disso, os números significam até o momento o registro de crimes “dia sim, dia não”.
O delegado explicou ao Acorda Cidade, que a DH lll abrange a região do Tomba, mas também os seus sub-bairros. O bairro mais populoso de Feira tem uma movimentação maior do que muitas cidades do interior da Bahia. Entretanto, os crimes ocorridos este mês, sendo um deles um duplo homicídio, totalizou quatro vítimas na região.
Entre os casos elucidados, está o feminicídio da adolescente Ismara Santos Ramos. Segundo a investigação, ela foi morta pelo namorado, de 16 anos, com um tiro na cabeça após um desentendimento. O caso foi encaminhado para a Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI). O jovem está foragido.
Já o duplo homicídio ocorrido no dia 2 de março vitimou Edmundo Santos da Cruz e Jefferson dos Santos, próximo a um bar na rua Nova Jerusalém. O corpo de Jefferson foi encontrado já em outro local. “A informação que temos é que Jefferson já havia cumprido pena por homicídio na região metropolitana de Salvador. Acreditamos que ele era o alvo principal, mas que restou por vitimar também o Edmundo, que estava na sua companhia.”, detalhou o delegado ao Acorda Cidade.
O duplo homicídio ainda está sob investigação da Polícia Civil, assim como o assassinato de Roger Santos de Jesus morto na última quarta-feira (12), enquanto pedalava na região do Parque Panorama.
Fabrício Linard ainda disse ao Acorda Cidade, que Feira de Santana possui uma média histórica de 30 ocorrências por mês, portanto os indicativos deste ano tem melhorado bastante, principalmente neste mês de março.
“Temos muito ainda a trabalhar para reduzirmos esse número a um patamar mínimo que seja porque a gente falar que está satisfeito não é a palavra mais adequada. Hoje, dia 18 do mês o normal seria estarmos beirando 20 homicídios, então, temos apenas nove, mas mesmo assim, ainda é um número muito expressivo para dia 18 do mês, porque representa ainda um homicídio dia sim, outro não”, ponderou.
Redução de homicídios
Ainda segundo o delegado, fevereiro também se destacou como um dos meses com menor número de homicídios de todos os tempos, foram em torno de 14. Para ele, essa queda nos índices de assassinatos nos últimos meses também pode ser atribuída à reformulação da Delegacia de Homicídios, realizada no final de 2023.
“Acredito estarmos colhendo o resultado desse trabalho que vem sendo feito, com o apoio também do doutor Ives, nosso coordenador, sempre em parceria com a nossa especializada e apresentando esses resultados que a gente vê sempre em muitas prisões, muitas operações; e passar essa mensagem para o indivíduo que pensa, na prática de algum homicídio, seja ele envolvido com o tráfico de drogas ou não, que ele tem uma grande probabilidade de ser identificado e preso”, completou Linard.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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