A trágica morte do jovem Kauan Gomes, de apenas 20 anos de idade, na terça-feira (17), em Feira de Santana, comoveu toda população feirense, pelo modo como o crime aconteceu.
Conforme foi investigado pela Delegacia de Homicídios, que tem como titular o delegado Gustavo Coutinho, Kauan foi morto por engano, após ser atingido por um disparo de arma de fogo na manhã da última sexta-feira (13).
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Kauan, junto com a mãe e uma amiga, seguiam para a academia onde trabalhava, no bairro Sobradinho, quando tudo aconteceu. (relembre o caso aqui).
A reportagem do Acorda Cidade conversou com Ledes Coutinho, professor de educação física e sócio da academia, onde Kauan estagiava.
Segundo ele, a relação entre os dois, eram como irmãos, já que viu Kauan nascer.
“Kauan já estava conosco há aproximadamente dois anos e alguns meses. A nossa relação era boa, a mãe dele, antes mesmo dele nascer, já tinha uma relação de irmandade comigo e com minha irmã. Com ele não foi diferente, ele era um menino bom, gostava de nos ouvir, de conversar, então era uma relação de irmão mais velho e irmão mais novo. Logo depois, ele entrou no curso de Educação Física e conversávamos bastante sobre a área”, contou.
Ao Acorda Cidade, Ledes disse que recebeu a notícia logo nas primeiras horas após o fato e decidiu interromper as atividades da academia.
“No momento em que eu soube do acontecimento, eu estava dando aula. Recebi a ligação da outra pessoa que estava com eles no carro. Quando eu retornei, eles não me atenderam mais. Imediatamente eu peguei a moto e fui sentindo o Papagaio, que era onde ele morava. Quando cheguei na rotatória da Cidade Nova, a menina que estava com eles me ligou, falou do acontecido e imediatamente eu voltei para a academia, fechei e me dirigi até o hospital”, pontuou.
Diante do ocorrido, as aulas foram suspensas na academia.
“As aulas estão suspensas desde sexta-feira. Eu e minha irmã, somos os responsáveis pela academia, nós acompanhamos o crescimento de Kauan, desde a barriga, como se fosse da família. Nós tínhamos uma relação muito próxima. Não tinha clima para o funcionamento da academia, então ela encontra-se fechada e, em breve, vamos voltar com o funcionamento normal”.
De acordo com Ledes Coutinho, Kauan Gomes era responsável, sob supervisão da professora, pelas aulas de crossfit para crianças.
“A relação dele com os outros alunos era a melhor possível. Apesar dos 20 anos de idade, as atitudes dele eram de menino mesmo. Ele era um menino muito puro, muito inocente, falava pouco, não era de falar muito. Ele era muito querido por todos. Ele não somente frequentava academia, ele era colaborador, ele era funcionário também. Ele iniciou na recepção e após entrar no curso de Educação Física, ele passou também a estagiar na área de professor lá do Crossfit, sob supervisão na turma das crianças, então ele também estava estagiando como professor de Educação Física”, concluiu.
Em nota, a Academia Bullen Cross emitiu uma mensagem de pesar.
Com informações da jornalista Iasmim Santos do Acorda Cidade
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