Algumas operações das polícias civil e técnica da Bahia estão suspensas. Nesta quinta-feira (12), durante a assinatura da ordem de serviço para requalificação do Centro Social Urbano (CSU), em Feira de Santana, Jerônimo Rodrigues disse que está negociando, mas declarou que não pode se comprometer com melhorias salariais que ele não possa cobrir.
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O diretor do Sindpoc (Sindicato dos Policiais Civis da Bahia) Regional Recôncavo e Feira de Santana, Edson Lima, confirmou ao Acorda Cidade que uma mesa de negociação está aberta, mas disse que os avanços têm sido muito singelos.
“Na última sexta-feira (6), tivemos uma assembleia em Salvador e foi apresentada a proposta do governo para a categoria. E a proposta foi ínfima. Ela não atende aos anseios da categoria. Então, diante do que foi apresentado nessa assembleia, a categoria optou por não aceitar aquela proposta, mantivemos a nossa proposta inicial e deixar claro que a categoria não está, na verdade, só pedindo apenas um reajuste, se trata de uma reestruturação salarial que aguardamos já há décadas”.
Segundo o diretor, a proposta do governo do Estado, foi em torno de 11% em três anos, o que para os técnicos que acompanham o sindicato não cobre sequer a reposição da inflação, levando em consideração que são mais de 10 anos sem reajuste linear.
“Esse reajuste linear já totaliza mais de 50%, apenas o reajuste linear, assim como as demais categorias, mas, na verdade, nós estamos tratando disso, deixa eu frisar mais uma vez que estamos tratando de reestruturação remuneratória”, declarou o diretor ao Acorda Cidade.
As ações dos agentes serão cumpridas de forma escalonada e cumulativa colocadas em prática ao longo do processo de negociação com o governo do Estado, mas neste momento de mobilização estão suspensas as ações voltadas à publicidade, participação temporária em cursos, atendimento de requisições periciais, além de pedidos de prioridade para exames periciais fora dos casos previstos em lei.
Vale destacar que a categoria suspendeu as atividades no dia 19 de julho, com previsão de retorno 12 de agosto, mas após novas rodadas de negociações, uma nova suspensão foi aprovada.
“Na verdade, a polícia não está parada, agora continuamos fazendo as coisas, não tanto da forma como podemos fazer. Estamos aguardando agora o posicionamento do governo sobre a nossa manutenção da proposta original. Eles ainda não se manifestaram até o momento. Agora, conto com a sensibilidade dos governantes, eles sabem, mais que qualquer pessoa, que é necessária essa reestruturação e que precisamos, até porque temos dado respostas. A Polícia Civil tem dado uma resposta boa, apesar do aumento da criminalidade, que não é particular nossa, não é privilégio aqui de Feira de Santana ou só da Bahia. A criminalidade tem avançado, tem tomado grandes proporções no país inteiro. Agora, na Bahia temos combatido de maneira eficaz. A gente vai para cima mesmo da bandidagem”.
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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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