Uma mulher, que estava desaparecida desde a última terça-feira (1º), foi encontrada morta por volta das 16h30 desta quinta-feira (3) na Rua Joaquim Pedra Branca, no bairro Caseb, em Feira de Santana. A vítima foi morta com diversas facadas pelo corpo.
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Segundo apurou a reportagem do Acorda Cidade, a vítima foi identificada como Kelly Oliveira Silva, de 36 anos. Ela era manicure e morava no Condomínio Lagoa Grande.
De acordo com informações da polícia, Kelly foi encontrada com as mãos e os pés amarrados com fio de telefone. Ela apresentava sinais de tortura e violência sexual. O corpo dela foi localizado em um prédio, onde aluga-se apartamentos, com o rosto coberto de fita adesiva.
Ainda conforme relatos, familiares informaram que o ex-namorado da vítima morava no local onde o corpo foi encontrado. Ele teria alugado o espaço para ficar próximo da vítima. O suspeito atraiu ela para o local do crime.
No lugar foram encontradas bebidas alcoólicas, uma máscara e um chicote.
O suspeito tentava uma reconciliação sob ameaça de morte. Ele já estava proibido de entrar no condomínio onde a vítima residia. O casal havia morado junto por quatro anos.
Após averiguar, o delegado Gustavo Coutinho presidiu o levantamento cadavérico e encaminhou o corpo para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
Crime violento
Ainda conforme a apuração do Acorda Cidade, a vítima foi vista pela última vez na terça-feira à noite, após jantar com uma prima. Ela saiu de casa por volta das 22h40 para se encontrar com o suspeito. Testemunhas relataram ter visto os dois subindo juntos para o prédio onde ele morava.
Em entrevista ao Acorda Cidade, uma amiga próxima de Kelly confirmou que a vítima estava separada do suspeito há meses, mas vinha sofrendo ameaças e perseguição.
“Ele não aceitava o término do namoro, só ficava ameaçando ela, ameaçando. Inclusive, tem quinze dias que ele foi pra cima dela para bater, e ela deu um murro nele, quebrou até o aparelho dele. Ele ficava pedindo perdão, dizendo que perdoava ela. Quando foi no domingo, ele pediu para encontrar ela, só que não deu certo, ela não se encontrou com ele. Quando foi terça-feira, ela foi jantar com a prima e, de lá, veio para casa. Saiu de casa às 22h40 e veio pra cá, para encontrar com ele na casa dele. O pessoal viu os dois subindo, depois ele desceu, comprou uma água e subiu novamente. Ontem, por volta das 21h, a gente mandou uma mensagem para ele perguntando se ele tinha visto ela. Ele disse que não, que tinha três dias que não a via. A gente logo se ligou que ela estava morta”, relatou.
Segundo o relato da amiga, desde terça (1º), a família estava desesperada à procura de Kelly, mas já suspeitava do ex-namorado. Eles prestaram queixa na delegacia na quarta-feira (2).
“A gente não só procurava aqui na casa dele, fomos na delegacia ontem e registramos a queixa. Não deu certo com os policiais para virem ontem. Quando foi hoje, o desespero bateu. Quando a gente chegou aqui e viu o mau cheiro, a gente disse: não tem pra onde correr, ela está aqui dentro. Voltamos na delegacia, e o delegado pediu para virem. Três policiais vieram com a gente. Quando chegaram aqui, eles também sentiram o cheiro, pediram para abrir a porta, e, quando abriram, constataram a tragédia lá dentro”, relatou.
A amiga também reforçou que Kelly já havia terminado o relacionamento, mas o ex-companheiro não aceitava o término.
“Ele tinha quatro anos de convivência com ela, porém estavam separados. Ela não tinha mais nada com ele, já tinha terminado, só que ele não aceitava o fim do namoro. A gente quer saber o que foi que ele falou para ela, para induzi-la a vir até aqui, porque ela não queria contato com ele, e o que foi que aconteceu”, finalizou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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