Rachel Pinto
Nayara Pastor de Oliveira, acusada de ter matado o companheiro, Antônio Pereira da Silva, após atear fogo nele no dia 30 de dezembro de 2015, foi julgada no Fórum Desembargador Filinto Bastos em Feira de Santana na última quinta-feira (11) e condenada a 13 anos de prisão em regime fechado.
Segundo consta na denúncia do Ministério Público (MP), Nayara e Antônio tinham um relacionamento de cinco anos e ele não aceitava o término. No dia do crime eles marcaram para conversar na casa da ré, e em um momento que a vítima foi até o banheiro, ela jogou álcool e ateou fogo nele. Antônio foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), depois transferido para o Hospital Geral do Estado (HGE) e morreu no dia 17 de janeiro de 2016 após contrair uma infecção hospitalar.
Trabalharam no júri a promotora de justiça Semiana Cardoso e a defensora pública Fernanda Morais. Na presidência dos trabalhos estava a juíza Márcia Simões Costa, titular da vara do júri.
A promotora Semiana Cardoso afirmou que o MP amparado nas provas dos autos entendeu que foi feita a devida aplicação da pena para a ré. Ela frisou que as provas estão bem firmes no sentido de que foi cometido um crime.
“O MP não acredita em um novo julgamento, o máximo que o tribunal pode entender é diminuir um pouco a pena”, declarou.
A defensora pública Fernanda Morais considerou a pena de 13 anos injusta e para ela, Nayara não pode ser responsabilizada por uma infecção hospitalar que a vítima adquiriu. Ela informou que a defesa irá pedir a anulação do julgamento e batalhar por uma pena justa, condizente com o que Nayara fez.
“A gente entende que essa pena não é justa porque é uma pena muito acima daquilo que Nayra evetivamente cometeu. Tanto que o pedido da gente não foi de absolvição, foi de desclassificação para lesões corporais seguidas de morte. Porque ela de fato não nega que lesionou, mas a morte não pode ser colocada na conta dela, porque ela efetivamente não quis isso”, acrescentou.
Nayara cumprirá a pena no Conjunto Penal de Feira de Santana.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.