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O Ministério Público da Bahia (MP-BA) denunciou e pediu a prisão preventiva de dois homens que também estariam envolvidos na morte do assessor Michel Batista de Sá. A vítima foi torturada e morta após um golpe na venda de um carro.
O principal suspeito de matar Michel Sá é Gabriel Bispo dos Santos, que está preso em Salvador desde o dia 23 de novembro de 2018. Gabriel confessou participação no golpe, mas nega que tenha assassinado a vítima. A vítima foi morta em agosto do ano passado.
De acordo com o MP-BA, Maurício Lucas Teive e Argollo e Itazil Moreira dos Santos foram denunciados à Justiça por latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Conforme a denúncia, os dois são responsáveis, junto com Gabriel, pelo crime.
A denúncia foi feita pelo MP-BA no dia 31 de dezembro, pela promotora de Justiça plantonista Norma Angélica Cavalcanti. O pedido de prisão preventiva foi feito alegando garantia da ordem pública, mas ainda não foi analisado pela Justiça.
Conforme o documento, Gabriel e os dois suspeitos amordaçaram Michel e o fizeram de refém. Eles teriam levado a vítima para a Avenida Tamburugy, em frente ao Condomínio Mediterrânea, no bairro de Patamares, empurraram ele para fora do carro e o executaram.
Ainda na denúncia, o MP-BA, diz que o trio roubou carro e cartões de crédito de Michel, e usaram para fazer compras de telefones celulares.
Esquema de suborno
No final da noite de sexta-feira (18), duas pessoas foram presas por suspeita de envolvimento em um esquema de tentativa de suborno a agentes penitenciários de Salvador. Segundo a Secretaria de Segunça Pública da Bahia (SSP-BA), o dinheiro seria usado para garantir regalias e facilitação da entrada de celulares para detentos.
Entre esses detentos está Gabriel Bispo dos Santos, que está preso após confessar ter envolvimento na morte do assessor Michel Sá, em agosto de 2018.
Caso Michel Sá
Gabriel Bispo dos Santos foi preso no dia 19 de novembro de 2018, no estado de Santa Catarina. Ele foi transferido para a Bahia no dia 22. Michel Batista de Sá foi morto a tiros no dia 16 de agosto, após ser torturado durante a negociação da venda de um carro.
A vítima foi encontrada morta atrás de um shopping de Salvador na manhã do dia seguinte ao crime. O corpo de Michel foi sepultado no cemitério Jardim da Saudade, na capital baiana. Ele tinha 35 anos, era casado e deixou um filho de nove meses.
Durante depoimento à polícia baiana, Gabriel negou que tivesse torturado e matado Michel. Disse apenas que estava no local do crime, mas não revelou à polícia quem teria atirado na vítima. Na época, a Polícia Civil não descartou a possibilidade da participação de outras pessoas.
Michel era assessor da Diretoria de Relacionamento e Atendimento da Companhia de Processamento de Dados do Estado da Bahia (Prodeb).
O crime ocorreu durante a negociação da venda de um carro que pertencia a Michel. O veículo seria vendido por R$ 73 mil. Depois do assassinato, o automóvel sumiu e só foi achado dois dias após o desaparecimento do assessor.
De acordo com a polícia, Gabriel tinha um suposto interesse em comprar o carro, que foi anunciado em um site de vendas. Ele chegou a negociar com Michel, mas a transação não foi finalizada.
O motivo seria uma suposta transferência feita por Gabriel que não caiu na conta de Michel. A família da vítima diz que Gabriel fingiu ter caído em um golpe para enganar Michel, durante a negociação. Ao achar que o suposto comprador tinha caído em um golpe, Michel ainda tentou ajudá-lo.
Fonte: G1