Rachel Pinto
O motorista da van envolvido no acidente que aconteceu na manhã de terça-feira (10) na Rua do Telégrafo, bairro Sítio Matias em Feira de Santana, e que vitimou a estudante de enfermagem Rafaela da Cunha da Cruz, de 24 anos, se apresentou à polícia na tarde de ontem (10) acompanhado de um advogado.
De acordo com a delegada Klaudine Passos, o condutor, que não tem Carteira Nacional de Habilitação (CNH), alegou que houve uma fatalidade e que ficou surpreso de ter se envolvido em uma situação tão grave. Ela informou ainda, que o mesmo declarou não ter visto nenhuma sinalização no local. Segundo a delegada, o condutor vai responder por homicídio culposo e lesão corporal no trânsito com agravante de estar sem a habilitação.
“O serviço de investigação da unidade aponta que há uma placa. Foi feita uma perícia no levantamento cadavérico e o plantão regional também fez uma perícia no local, e nós estamos aguardando o laudo. Nós já interrogamos o autor, sabemos que existiram algumas irregularidades desde o automóvel, até a situação do condutor em si, haja vista que não havia habilitação. Houve a situação de não ter dado socorro e a situação também de estar transportando passageiros sem uma categoria adequada”, pontuou.
Klaudine Passos salientou que o veículo foi apreendido e passará por uma perícia técnica. Serão ouvidas testemunhas e também a outra vítima do acidente, a jovem Isla Barros dos Santos que foi socorrida para um hospital.
“Nós já demos ordem de missão ao serviço de investigação para que colham, compareçam ao local e tentem regimentar os autos das testemunhas oculares da situação porque pelo vídeo que viralizou, nós percebemos que testemunhas viram toda a dinâmica, muito embora essa dinâmica venha traçada para a gente no laudo pericial. O autor vai responder por homicídio culposo e lesão corporal no trânsito com agravante de está sem habilitação, transportar passageiros sem a categoria adequada. Bem como a omissão de socorro porque não foi dado o socorro devido, bem como providenciado para que uma terceira pessoa fizesse”, pontuou.
Segundo a delegada, o motorista relatou que tem a posse direta do veículo, mas que o mesmo ainda não estava em seu nome. Ele declarou que não deu socorro às vítimas porque ficou com medo de ser linchado.
“O indiciamento vai existir porque em que pesa, a gente vai avaliar a situação da dinâmica do crime. Ele na verdade não atendia alguns requisitos para estar dirigindo aquele veículo automotor”, concluiu.
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade
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