Salvador

Morre segundo jovem baleado por PM em Salvador; crime foi filmado por testemunha

A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil estão conduzindo investigações para esclarecer a motivação e a dinâmica do crime.

Morre segundo jovem baleado por PM em Salvador; crime foi filmado por testemunha
Foto: Reprodução

Haziel Martins Costa, de 19 anos, morreu na última quinta-feira (26) após passar 26 dias internado devido a ferimentos causados por disparos de arma de fogo. O jovem foi baleado por um policial militar no bairro de Ondina, em Salvador, em um crime que também resultou na morte de Gabriel Santos Costa, de 17 anos, no local, na madrugada de 1º de dezembro.

De acordo com informações do G1, os dois jovens foram abordados e agredidos pelo policial militar, que alegou legítima defesa após uma suposta tentativa de assalto. A ação foi filmada por uma testemunha, mostrando o momento em que os jovens foram rendidos, agredidos e, mesmo obedecendo às ordens do policial, atingidos por mais de 10 tiros.
Gabriel morreu instantaneamente, enquanto Haziel, ferido no abdômen, braço e antebraço, foi hospitalizado, mas não resistiu. A Polícia Civil confirmou a morte de Haziel e está investigando o caso, que gerou grande comoção e pedidos de justiça por parte dos familiares das vítimas.

Ainda segundo o G1, o policial, que não estava em serviço, apresentou-se ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e foi transferido para o Batalhão da Polícia Militar em Lauro de Freitas. A Justiça manteve sua prisão preventiva, e ele foi afastado das atividades de rua pela Polícia Militar, que também recolheu sua arma e instaurou um processo administrativo disciplinar.

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) e a Polícia Civil estão conduzindo investigações para esclarecer a motivação e a dinâmica do crime. A Polícia Civil tem um prazo de 30 dias para concluir o inquérito, que será analisado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA).

Os familiares de Gabriel, querem justiça. Eles pedem a quebra de sigilo do celular do suspeito para ajudar nas investigações. Marlene Santos, mãe de Gabriel, expressou sua dor e indignação, afirmando que seu filho foi executado de forma cruel. O pai de Gabriel, que preferiu não se identificar, defendeu a inocência do filho, ressaltando que ele não tinha envolvimento com a criminalidade.

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