Bahia

Morre dentista baleada em perseguição policial na principal avenida de Salvador

A dentista usava mototáxi para chegar ao trabalho, quando foi baleada pelos disparos.

Dentista Larissa Pinheiro
Larissa Pinheiro foi baleada a caminho do trabalho em Salvador — Foto: Redes sociais

A dentista Larissa Azevedo Pinheiro, de 29 anos, baleada em uma perseguição policial na Avenida Paralela, em Salvador, morreu neste sábado (22). A informação foi divulgada pelos familiares dela, através das redes sociais.

Larissa estava a caminho do trabalho, em Candeias, na Região Metropolitana de Salvador, na garupa de um mototaxista, quando um confronto entre policiais e suspeitos começou e ela foi atingida pelos disparos no peito. A bala perfurou o pulmão e o tórax, mas não ficou alojada. O caso aconteceu na manhã do dia 14 de março.

Ela ficou inconsciente e foi socorrida pela Polícia Militar até o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), onde passou por cirurgia e ficou internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ainda não há informações sobre velório e sepultamento.

Além da dentista, três pessoas ficaram feridas na perseguição policial: dois suspeitos, que foram baleados, e um assessor parlamentar, que foi atingido por estilhaços. Um dos suspeitos morreu.

A dentista tentava se proteger do tiroteio quando foi atingida pelos disparos. O mototaxista que levava ela para o trabalho, que não quis ter a identidade revelada, contou que parou a moto quando ouviu os tiros para que os dois se abaixassem e, assim, se protegessem. Ele não foi atingido.

“Passou o rapaz correndo com a arma na mão e efetuou o disparo, depois só vi que ela estava no chão com uma perfuração. Ela estava tentando se abaixar”, contou.

Perseguição policial

A perseguição policial foi filmada por motoristas que passavam pelo local. Os vídeos mostram o momento em que os suspeitos desceram do carro em que estavam e tentaram fugir a pé pela avenida, que estava movimentada devido ao horário de pico.

Segundo a Polícia Militar, a troca de tiros começou na região do Trobogy, quando os agentes do Batalhão Apolo identificaram um carro com uma placa clonada e restrição de furto, e iniciaram a perseguição. Quatro suspeitos estavam dentro do veículo.

Na troca e tiros, um dos suspeitos foi baleado. Ele foi socorrido para o Hospital Geral Roberto Santos e não resistiu aos ferimentos. O homem foi identificado como Caio Felipe Reis Sande, conhecido como “Felipe Jogador”.

Após o tiroteio na Avenida Paralela, os outros três suspeitos conseguiram fugir a pé, sentido bairro Canabrava.

A PM fez buscas na região e, horas depois, um segundo suspeito foi encontrado pela polícia. Houve troca de tiros, ele foi baleado na mão e no pé e levado para o Hospital Geral Roberto Santos, onde segue custodiado.

Na ação, foram apreendidas três pistolas de calibres .40, 45 e 9mm, além de munições. A PM informou que existe a suspeita de que o carro usado pelos suspeitos era utilizado em ações criminosas na capital baiana.

De acordo com a polícia, o grupo fazia parte de uma facção criminosa e, momentos antes da perseguição, os suspeitos teriam participado do assassinato de um homem que pertenceria a outra organização criminosa do bairro de Itinga, em Lauro de Freitas.

“O veículo estava sendo utilizado em bondes e houve invasão de território de facções rivais e a gente imagina que o que aconteceu em Itinga tenha sido justamente isso. Eles tentaram invadir o local, trocaram tiros com criminosos de uma facção rival e levaram essa pessoa à óbito”, disse o tenente-coronel Edmundo Assemany, em entrevista à TV Bahia.

Fonte: g1 Bahia

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