Polícia

Mesmo com veto do presidente, detentos continuam usando máscaras no Conjunto Penal de Feira de Santana

Conjunto Penal segue normas e procedimentos específicos e mantém a utilização de máscaras com o intuito de combater o avanço da pandemia da covid-19 no sistema prisional.

Rachel Pinto

O governo do presidente Jair Bolsonaro publicou na segunda-feira (6), no Diário Oficial da União uma retificação dos vetos da lei que obriga o uso de máscaras em locais públicos. No ajuste, o governo vetou também a obrigatoriedade das máscaras em presídios.

O capitão Allan Araújo, diretor do Conjunto Penal de Feira de Santana disse em entrevista ao Acorda Cidade que apesar do veto do presidente sobre o uso de máscaras nas unidades prisionais, o Conjunto Penal segue normas e procedimentos específicos e mantém a utilização de máscaras com o intuito de combater o avanço da pandemia da covid-19 no sistema prisional.

De acordo com ele, o veto de Jair Bolsonaro não atinge os presídios da Bahia e o plano de contingência para o enfrentamento do vírus exige a utilização de máscaras.

“Nós inclusive temos uma oficina de produção de máscaras aqui na unidade. Inclusive máscaras que algumas vezes são doadas para a comunidade. Continuaremos tanto a produzir quanto a utilizar essa barreira importante neste momento de pandemia”, comentou.

Sobre o casal de presos que foi infectado pela covid-19 e que foi transferido do Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho para o presídio no mês passado e gerou muita polêmica, o capitão Allan informou que tanto o homem quanto a mulher, estão curados.

Ele relatou também que na semana passada a unidade recebeu outro preso infectado pela doença, mediante determinação judicial. Além disso, atualmente o Conjunto Penal de Feira de Santana tem outros casos de pessoas suspeitas e também confirmadas com a doença. De acordo com o diretor, os casos abrangem presos e servidores, mas felizmente nenhum deles apresentou qualquer tipo de agravamento do quadro de saúde.

“Nós sabemos que o coronavírus está na sociedade. Está no seio das famílias e as pessoas que aqui trabalham também tem uma vida lá fora e alguns,claro foram acometidos com a covid. Como também alguns internos que já se colocaram na condição de casos suspeitos e outros confirmaram também a presença da doença. Entretanto, a nossa boa notícia é que nenhum deles tem qualquer tipo de agravamento. 90% estão na condição de suspeição. Aproximadamente 30 internos estão assintomáticos no momento e são acompanhados. As equipes médicas e de saúde estão sendo reforçadas e cada vez mais e os protocolos estão sendo agilizados para que os atendimentos sejam cada vez melhores para que as pessoas que aqui trabalham, as pessoas que aqui estão custodiadas sejam bem atendidas”, declarou.

O capitão Allan Araújo tranquilizou familiares de internos, de policiais penais, servidores penitenciários e também de policiais militares sobre a situação da covid no presídio e salientou que a unidade além de produzir materiais como luvas e máscaras, dispõem de álcool em gel, material de assepsia, testes rápidos, e testes de PCR.

“Todos os profissionais estão sendo testados.Presos sintomáticos estão sendo testados e o atendimento é  in loco. Muito rápido. Se sentirmos a necessidade. Apareceu a informação de um suposto interno com sintomas gripais, ele é imediatamente retirado, feito o teste e iniciado o acompanhamento médico como é de praxe”, finalizou.

Leia também: Bolsonaro veta obrigatoriedade do uso de máscaras em presídios

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
 

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