Polícia

Menina socorrida para a policlínica do Tomba diz que foi vítima de estupro

Segundo a enfermeira, a criança relatou que foi violentada sexualmente ao menos duas vezes.

Laiane Cruz e Ney Silva

Uma menina de 9 anos de idade foi levada para a Policlínica do bairro Tomba, na tarde desta segunda-feira (18), pela madrasta, com dores na região pélvica. Segundo informações, ela teria sido vítima de estupro, supostamente praticado por um vizinho, identificado como Agnaldo Lino da Silva.

O gerente da Policlínica, José Pires Leal, informou que o Conselho Tutelar foi acionado, mas ninguém compareceu ao local para acompanhar o caso, o que o deixou inconformado.

 
De acordo com a vítima, o abuso acontecia toda vez que a mãe saía de casa e a deixava aos cuidados de uma vizinha. O marido da mulher aproveitava os momentos em que ela também deixava a residência para ir ao centro da cidade e praticava o crime.
 
A criança informou ainda que o homem dava dinheiro a ela e a outra menina de 11 anos, que, segundo ela, também sofria abusos sexuais. 
 
A enfermeira Gislane Silva, do Serviço de Epidemiologia da Policlínica disse que a menina estava com bastante medo do pai saber do caso e resolveu contar para a madrasta, Jucicleide Araújo.
 
Segundo a enfermeira, a criança relatou que foi violentada sexualmente ao menos duas vezes. A garota também disse que não se entende com a mãe e que sofre espancamentos praticados por ela. 
 
O fato será comunicado a Derca (Delegacia especializada em Repressão a Crimes Contra a Criança e ao Adolescente. 

O acusado

Apresentado no início da noite por uma equipe da 67ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar), na Delegacia para o Adolescente Infrator (DAI), Agnaldo, negou que tenha estuprado a garota.

“Não pratiquei nenhum crime. Pode fazer exame de corpo delito ou qualquer exame. Estou disposto a prestar depoimento a qualquer hora", afirmou Agnaldo. Ele foi ouvido pela equipe da delegada Patrícia Brito e depois liberado, uma vez que não foi preso em flagrante. A violência sexual teria ocorrida há mais de 30 dias.

 
A delegada Patrícia Brito informou que vai continuar investigando o caso. Ela já determinou o encaminhamento da criança para fazer o exame de constatação de virgindade no Departamento de Polícia Técnica.
 
Segundo a delegada, a menor foi muito precisa no depoimento e esclareceu de que forma era violentada. "Vamos ouvir outras pessoas sobre o fato para ver se conseguiremos esclarecer esse caso", disse Patrícia. Leia mais.
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