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Menina achada morta após desaparecer enquanto brincava em praça levou 13 facadas, aponta exame

Emanuelle, de 8 anos, foi encontrada morta em área rural três dias após desaparecer. Família pediu para antecipar enterro. Suspeito é vizinho da família e confessou o crime.

Acorda Cidade

A menina de 8 anos que foi encontrada morta depois de desaparecer enquanto brincava em uma praça na sexta-feira (10), em Chavantes (SP), foi assassinada com 13 facadas, segundo o exame necroscópico.

O corpo de Emanuelle Pestana de Castro foi encontrado na noite de segunda-feira (13) em uma área de mata na Fazenda Santana Nova, perto de um córrego, depois que o suspeito Agnaldo Guilherme Assunção, 49 anos, confessou que matou a menina a facadas e apontou o local do corpo.

O corpo de Emanuelle passou por autópsia na manhã desta terça-feira (14) e o laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que a menina levou oito facadas nas costas e cinco no peito. Segundo o delegado seccional de Ourinhos, Antônio José Fernandes Vieira, o laudo contesta a versão apresentada pelo suspeito.

“Ele alegava que tinha dado uma facada na costas e, na sequência, três no tórax. O exame necroscópico revelou que foram 13 facadas: oito nas costas e cinco no peito. Destas, seis são mais relevantes, foram mais profundas”, destaca o delegado.

O laudo também apontou que o hímen da menina não foi rompido, o que indica que não houve penetração. No entanto, outros tipos de abuso sexual podem ter ocorrido, por isso, a polícia ainda não descarta o crime. Novos exames serão feitos para ajudar a investigação.

Ainda de acordo com o delegado, com o exame não foi possível esclarecer se a menina tentou se defender ou reagir aos golpes, como análise de vestígios de pele do suspeito embaixo das unhas da vítima.

No entanto, o delegado afirmou que "foi muito difícil ter uma reação pelas facadas terem sido nas costas”.

O corpo saiu do IML por volta de 11h30 e Emanuelle foi velada no Velório Municipal de Chavantes com caixão fechado. O enterro estava previsto para as 14h, no Cemitério Municipal, porém, a família pediu para antecipar. O sepultamento ocorreu pouco depois de 12h30.

Vingança

O suspeito Agnaldo é vizinho da família e relatou, durante depoimento à polícia, que matou a menina por vingança contra a mãe dela. Segundo ele, a mulher não deixava a menina brincar com o enteado dele. No entanto, essa versão dos fatos é questionada pela polícia.

Agnaldo foi preso em flagrante e será investigado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Ele vai passar por audiência de custódia às 13h desta terça-feira (14).

“Se ele permanecer preso, a polícia vai ter 10 dias para a conclusão das investigações, sem prejuízo do encaminhamento dos laudos faltantes”, explica o delegado.

Câmeras de segurança

A polícia chegou ao suspeito depois de analisar as imagens das câmeras de segurança próximas a praça do bairro Cohab, onde Emanuelle brincava na tarde de sexta-feira.

A polícia verificou que Agnaldo aparecia duas vezes no vídeo. O que chamou a atenção da polícia é que, no mesmo dia, ele aparece cada vez com uma roupa diferente. Em um primeiro momento, de camiseta branca e a pé. Depois, de camiseta vermelha e de bicicleta.

Agnaldo já havia prestado depoimento à polícia e negado saber de qualquer informação sobre o desaparecimento da criança. Contudo, ele acabou confessando o crime à polícia, depois de confrontado com as imagens das câmeras de segurança.

"Ele falava que tinha mantido apenas um contato, mas isso foi desmentido pelo estudo das câmeras que mostra um outro contato, inclusive com roupas diferentes, o que era estranho", afirma o delegado Antônio José Fernandes Vieira.

Imagens em que a menina aparece brincando na praça e a caminho do parquinho em Chavantes também foram analisadas pela polícia.

Buscas

Logo após brincar em um parquinho, Emanuelle não foi mais vista por volta das 17h, quando a amiga que a acompanhava foi embora. Segundo a família, a mãe ia verificar como a filha estava no local, mas não encontrou.

Desde então, familiares, vizinhos, policiais, canil e até uma equipe de voluntários de Marília se mobilizaram nas buscas pela criança.

Para isso, a Polícia Civil analisou as imagens e ouviu várias pessoas que tiveram contato com a menina, inclusive as crianças que brincaram com ela no parquinho no dia do seu desaparecimento.

Fonte: G1

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