Feira de Santana

Médico diz que não sabia que deveria acionar polícia após morte de paciente em endoscopia

O profissional de saúde foi ouvido nesta terça (19) no complexo de delegacias no bairro Sobradinho pela delegada Bianca Torres, que está investigando o caso.

Ney Silva e Daniela Cardoso

O médico que atendeu o industriário Edilberto Lopes Batista de 51 anos, que morreu na última quarta-feira (13), após realizar uma endoscopia digestiva alta, disse em depoimento a Polícia Civil não ter conhecimento de que deveria acionar a instituição para remover o corpo para ser necropsiado no Departamento de Polícia Técnica (DPT). O profissional de saúde foi ouvido nesta terça (19) no complexo de delegacias no bairro Sobradinho pela delegada Bianca Torres, que está investigando o caso.

Edilberto era funcionário da empresa Pirelli e acompanhado da filha, Nayla Rocha, foi ao instituto Idad fazer a endoscopia que culminou com a morte. A delegada Bianca Torres destacou que esta semana a polícia já começou a ouvir pessoas envolvidas. A filha da vítima já prestou depoimento, assim como o médico que fez o procedimento.

“O médico, em depoimento, disse que aparentemente foi uma parada cardiorrespiratória, mas ele não pode afirmar, só vamos saber a causa da morte quando sair o laudo do DPT. Ele disse que entendeu que foi uma morte natural e mesmo antes do óbito, chamou a ambulância do Samu para ajudar em caso de intercorrência e que por desconhecimento, junto com a família e com a equipe do Samu, autorizou a transferência”, disse Bianca Torres.

Ainda segundo a delegada, em depoimento o médico informou que o paciente morreu após a chegada da ambulância do Samu.

Em prosseguimento as investigações, a delegada Bianca Torres informou que cerca de 12 pessoas serão ouvidas. De acordo com ela, outras pessoas que acompanharam o procedimento já foram intimadas assim como a direção do Samu, que deve informar os plantonistas que acompanharam a ocorrência. A polícia também já está de posse das imagens de câmeras de segurança da clínica.

“Já existe inquérito e ao final das investigações vamos decidir se vamos indiciar ou não. Vou concluir se houve negligência médica ou não, se houve crime ou não. Espero que até o final de fevereiro, início de março o procedimento já tenha sido encaminhado para o Ministério Público”, afirmou.

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