
Os últimos dados apontam que Feira de Santana teve 13 assassinatos registrados em fevereiro, o menor número dos últimos 14 anos, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública do estado. Em março, até o dia 30, foram contabilizados 16 homicídios, um dado que segue sendo monitorado pela Polícia Militar.
As informações foram confirmadas ao Acorda Cidade pelo tenente-coronel Muller, que recentemente assumiu o Comando de Policiamento da Região Leste (CPR-L). Além da redução dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), o comandante destacou Produtividade policial resultando em apreensões que estão sendo realizadas na cidade.
Entre os principais resultados obtidos recentemente está o enfrentamento direto às organizações criminosas freando o abastecimento dos entorpecentes. Somente na última semana, foram realizadas diversas apreensões em diferentes bairros da cidade. Dentre os materiais apreendidos, estão drogas, armas e munições de vários calibres. Confira:
- 22 de março – Jomafa:
12 buchas de maconha - 23 de março – George Américo:
33 porções de crack
33 porções de maconha - 23 de março – Campo Limpo:
43 porções de cocaína - 24 de março – Rua Nova:
15 sacos de crack
5 sacos de maconha - 25 de março – Tomba:
200 cartuchos .40
86 cartuchos .38
169 cartuchos 9mm
37 cartuchos .380
20 kg de maconha
2 kg de maconha in natura
1 kg de cocaína
500 gramas de cocaína - 25 de março – Mangabeira:
66 porções de cocaína
7 porções de maconha
3 papelotes de crack - 27 de março – Novo Horizonte:
43 trouxas de maconha
40 trouxas de cocaína - 28 de março – Novo Horizonte:
23 pacotes de maconha
38 tabletes de maconha
1 pistola .380
13 porções de maconha (aproximadamente 1,3 kg)
38 kg de maconha
1 revólver .32
700 gramas de crack
27 tabletes de cocaína (aproximadamente 28,2 kg)
1,9 kg de cocaína - 28 de março – Santa Mônica ll:
Quantidade considerável de maconha
8 porções de maconha
3 embalagens de LSD
3 embalagens de haxixe
2 pedras de crack
1 prensa para formatação da maconha - 29 de março – Barro SIM:
8 porções de cocaína
6 porções de maconha - 29 de março – Feira lX:
89 pílulas de cocaína
202 trouxinhas de maconha
2 sacos maiores de maconha
Segundo o tenente-coronel Muller, a Polícia Militar da Bahia segue intensificando suas ações em Feira de Santana, utilizando técnicas modernas de policiamento ostensivo para conter a criminalidade e garantir a segurança da população. De acordo com ele, as operações incluem blitz, incursões e patrulhamento por diferentes modalidades, como viaturas, motocicletas, cavalaria e apoio aéreo, com o uso de drones e videomonitoramento por meio do Graer (Grupamento Aéreo da Polícia Militar), além das Rondas Maria da Penha e Escolar.

“Buscando todas as alternativas tecnológicas que estão à disposição, além do emprego efetivo dos nossos policiais no terreno, próximo das pessoas, acolhendo e protegendo quem mais precisa e merece, e fazendo contenção no enfrentamento às organizações criminosas, aquelas que nós apontamos com os verdadeiros inimigos do povo brasileiro”, declarou o tenente-coronel.
Segundo o tenente-coronel Muller, em parceria com a Polícia Civil, o CPR-L tem retirado das ruas as chamadas “cabeças caras” do crime. São lideranças criminosas que influenciam diversos tipos de violações dentro da sociedade.
Apesar dos avanços, ele aponta a reincidência criminal como um desafio para a polícia. Segundo ele, a legislação atual favorece a impunidade, dificultando o trabalho das forças de segurança.
“Temos um arcabouço legislativo no nosso país que favorece, e diria até, protegem o criminoso e desprotege a nossa sociedade. É essa discussão mais forte que nós deveríamos ter em busca de uma das mudanças legislativas necessárias para que não exista tanta reincidência, tanta sensação de impunidade e isso dificulta e muito o trabalho das forças policiais. São indivíduos que já prendemos diversas vezes por crimes gravosos, até mesmo homicídio e o sujeito está nas ruas circulando e praticando novos crimes”, disse Muller ao Acorda Cidade.
Ainda em entrevista, o comandante também falou sobre as blitz realizadas pela Polícia Militar, que deve continuar sendo uma estratégia para reforçar a segurança, reduzindo a criminalidade e aumentando a sensação de segurança.
“Onde há blitz, não há crime. O direcionamento é para transferir a sensação de segurança para as pessoas. Com relação à busca no interior dos veículos, existe um entendimento do Superior Tribunal de Justiça limitando a atuação das polícias com vista à busca no interior dos veículos. A gente tinha aquele princípio da suspeita, mas aí veio o entendimento de que só pode ser feita essa busca se nós, em tese, visualizarmos a infração. Ora, se ao visualizarmos a infração, não há suspeita, é uma certeza. Enfim, estamos aí embarreirados por esse entendimento e por essa razão meus amigos que não se procedem a todo tempo com essa busca interior de veículo como as pessoas questionam”, explicou.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
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