No início do mês, 1º de julho, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação do Estado da Bahia (Sintel), Gildomar Santana, falou ao Acorda Cidade sobre o número de assaltos recorrentes que vem acontecendo em frente a uma empresa, localizada na Avenida Rio de Janeiro, no bairro Pedra do Descanso, em Feira de Santana. Nesta terça-feira (9), o Major PM Jorge Freitas, da 65ª Companhia Independente da Polícia Militar (65ª CIPM), responsável pela área, também prestou esclarecimentos sobre as medidas de segurança para conter a violência e a insegurança no local.
📲 NOTÍCIAS: siga o canal do Acorda Cidade no WhatsApp
O major destacou que a violência ligada a roubos tem acontecido em todo o país, e que este é um mal combatido pelas forças de segurança, mas também deve ser olhado com seriedade por outros setores da sociedade, como as famílias.
“Sobre os roubos na avenida Rio de Janeiro em frente à Tel, por iniciativa própria, quando tomamos conhecimento do aumento de roubos naquela localidade, nós é que procuramos a Tel primeiro e já mandei a nossa inteligência até a empresa por duas oportunidades. Já fui pessoalmente também à Tel para poder verificar o que está ocasionando, qual é o cenário que tem lá e também orientar a empresa do que ela pode fazer para também beneficiar os seus próprios colaboradores. Então, nós, além disso, intensificamos o policiamento naquela avenida, principalmente nas imediações da empresa”.
Segundo o Major, a gerente da empresa informou que o número de quatro mil funcionários, muitos deles que diariamente vão até o local para trabalhar, acabam atraindo oportunistas para práticas ilegais de assaltos. Durante o diálogo, ele apontou algumas medidas que podem melhorar a insegurança dos funcionários.
“Existe um ambiente propício para que alguns oportunistas se utilizem de determinadas fragilidades para cometer estes roubos. Já orientamos a empresa sobre a necessidade de verificar a questão de iluminação, o acesso à empresa, se você for observar, você chega lá agora, entra na empresa, ninguém lhe pergunta nada. Os veículos dos funcionários, as motocicletas, ficam paradas todas do lado de fora da empresa. Tem uma árvore lá que precisa ser podada urgentemente para a questão da luminosidade e até a visualização da frente da empresa. Existem alguns comércios ali também, umas barracas que estão ali de forma irregular porque estão sobre a via pública e que tampam a visualização também da frente e isso aí favorece que o bandido esteja utilizando ali até de uma forma de se esconder para cometer o seu delito”, relatou.
Além disso, o major pontuou que a empresa ainda não fez nenhuma formalização na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos para tentar chegar a um número preciso de quantos funcionários já foram afetados para que a Polícia Civil investigue e tome medidas ainda mais ostensivas.
Ainda segundo o Major PM Jorge, a Polícia Militar não pode ficar 24h em frente à empresa, porque não trabalha com segurança privada, mas reiterou a atuação dos agentes de forma geral em toda a região para coibir essas práticas delituosas.
“A polícia não vai se isentar da sua responsabilidade. A PM é destinada ao policiamento e à segurança da comunidade de modo geral. Mas todas às vezes que qualquer funcionário da Tel nos acionar, a gente vai lá atender a ocorrência. E, além disso, eles próprios já informaram até nos veículos de comunicação que veem atualmente constantemente as nossas viaturas fazendo o ponto base lá nas imediações, fazendo rondas e quando a viatura sai às vezes acontece o crime. Então, a gente mudar aquele ambiente ali, com certeza vai favorecer e dificultar a ação de criminosos”, ressaltou.
Ainda segundo o Major, a 65ª CIPM, somente no primeiro semestre de 2024, realizou 159 conduções, dessas, 98 foram prisões em flagrante. Também houve um número expressivo de apreensão de armas de fogo. Além da 65ª CIPM, outras unidades da Polícia Militar também prestam apoio na região da avenida Rio de Janeiro.
“Ali é uma via que tem circulação de viaturas constante da Rondesp, do Esquadrão Asa Branca, da própria Cavalaria também, todas as unidades porque é uma artéria importante da cidade. Somente com a Polícia Militar parada na porta da Tel, eu posso até resolver o problema, mas eu vou estar tirando o policiamento do restante da sociedade que precisa também e vou estar oferecendo a Tel um serviço de segurança privada, o que não é permitido por lei”, reforçou.
Sobre as investigações sobre as ocorrências, o major revelou que há relatos de vítimas que já foram assaltadas por suspeitos de bicicleta. A PM solicitou as câmeras de segurança da empresa para tentar desvendar quem está cometendo os crimes, mas foi informada de que não há essa vigilância no lugar.
“Estamos também com nosso trabalho de inteligência e certamente vamos contribuir para reduzir o número de roubos naquela localidade. O simples fato de a gente estar ali todos os dias em horários programados e em outros horários que a gente julga necessários já evitou que outros assaltos tenham acontecido. Estamos à disposição inclusive da própria empresa, mais uma vez estamos em constante diálogo para resolver de uma vez por todas esse problema ali na Avenida Rio de Janeiro”, acrescentou.
Vale lembrar que em caso de roubos ou furtos é importante registrar o Boletim de Ocorrência para mensurar a gravidade do problema na região e tentar buscar ainda mais alternativas de controle da violência.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade
Leia também: “Tem assalto todo dia”, diz diretor do Sintel sobre violência em frente a empresa de telemarketing
Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia. Participe também dos nossos grupos no WhatsApp e Telegram