Feira de Santana

Mãe desmente filha que acusou de importunação sexual um vigilante do SAC

O profissional tem mais de 20 anos de atuação.

Deam
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Um vigilante do SAC Feira II, localizado próximo ao Terminal Rodoviário de Feira de Santana, foi injustamente acusado de importunação sexual, por uma mulher de 35 anos, na última segunda-feira (28).

Ela chegou a registrar uma queixa na delegacia acompanhada por advogados e encaminhada para a Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) para dar prosseguimento à denúncia. No entanto, ao tomar conhecimento do ocorrido, a mãe da mulher também compareceu à delegacia para desmentir a acusação e comunicar que a mesma realiza tratamento no Caps III (Centros de Atenção Psicossocial), do município, por possuir transtornos mentais.

O vigilante tem mais de 20 anos de atuação. Ao Acorda Cidade, a mãe afirmou que ela tem o hábito de mentir, e o faz de forma muito convincente. Alguns veículos da capital baiana chegaram a divulgar a informação baseada nas alegações dela.

“Vim desfazer o que ela fez porque sei que é mentira. Não é a primeira vez que ela faz esse tipo de coisa com as pessoas, inclusive, ela já fez comigo também. Eu vi aí uma injustiça e vim corrigir antes que a coisa ficasse pior ainda. Inclusive tem um vizinho meu que foi acusado da mesma forma e ela deu queixa. Não sei se já está com o juiz, mas ela fez a mesma coisa. Decidi vim à delegacia para desmentir e informar que ela tem transtornos mentais, e que não se deve levar a sério as loucuras que ela fala”, afirmou.

A mãe da jovem, que compareceu ontem (30) a delegacia, disse também que não sabe o que ela foi fazer no SAC e que ela faz acompanhamento no Caps desde os 13 anos de idade. Além disso, ela é agressiva.

“Ela simplesmente dá um surto, agride e fala que pessoa fez ou falou alguma coisa sem que a pessoa tenha feito”, continuou.

Sobre os advogados, a mãe não soube informar como ela conseguiu ou se alguém constituiu para ela.

A DEAM

A Deam não indiciou o vigilante por identificar a falta de prova contra o vigilante.

“Neste caso específico, a delegada plantonista não entendeu ser um caso de flagrante, e precisou de mais elementos. Fomos buscar filmagens dos locais, testemunhas e saber um pouco da vida desta jovem. Colhemos depoimentos da mãe, de irmão, de parentes, de vizinhos, e pelas filmagens em si, e apesar do relato dela de que a parte que ela teria sido ofendida e importunada não teria sido capturada pelas câmeras, mas o conjunto de indícios nos leva a crer que houve uma desinformação, em que pelo andar das investigações não haverá indiciamento, explicou ao Acorda Cidade, a delegada Clécia Vasconcelos, titular da Deam.

A delegada informou como foi o procedimento ao receber a mulher na delegacia.

“No primeiro momento, esta suposta vítima foi conduzida para a Central de Flagrantes sob a conduta tipificada como desacato. Lá ela relatou outra situação que a delegada vislumbrou uma importunação sexual, acertadamente, de acordo com o relato dela. Foram conduzidos o homem e a vítima para a Deam porque em crimes sexuais a atribuição é desta delegacia especializada. Acertadamente, é assim que nós policiais civis trabalhamos, qualquer cidadão que chega à delegacia trazendo a notícia de um fato criminoso, acolhemos o relato e investigamos. É a partir desta investigação que nós podemos finalizar o inquérito indicando ou não”, informou.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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