Feira de Santana

Juiz da Vara de Execuções faz inspeções no presídio e no Complexo de Delegacias de Feira de Santana

Segundo o juiz, durante a inspeção não foi constatada nenhuma situação fora da normalidade.

Daniela Cardoso

O juiz interino da Vara de Execuções Penais da Comarca de Feira de Santana, Fábio Falcão, realizou inspeções nas dependências do Conjunto Penal e depois seguiu para o Complexo de Delegacias, no Sobradinho, onde também fez inspeções no setor de custódia. A inspeção do Conjunto Penal começou as 08h da manhã de ontem (19) e do complexo foi as 12h30. Ao Acorda Cidade, ele explicou a finalidade da inspeção.

“O objetivo foi cumprir uma determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que nos impõe, enquanto titular da Vara de Execuções Penais, a realização de inspeções mensais. A cada trinta dias temos que realizar as inspeções, entrevistar alguns presos, saber a situação prisional e digamos assim, tentar contribuir da melhor forma possível para que a pena seja cumprida com o menor desgaste e com mais humanidade e dignidade do preso”, informou.

Segundo o juiz, durante a inspeção não foi constatada nenhuma situação fora da normalidade. Ele afirmou que, de acordo com a estrutura do estado da Bahia, que tem dimensões continentais, a unidade de Feira de Santana apresenta instalações condignas a cumprimento de pena, inclusive com respeito as divisões, de acordo com o regime de pena.

“O detento que é para ficar no regime fechado, fica separado do que é semiaberto e do que é preso provisório, a gente pode constatar isso ‘In loco’. Então nenhuma anormalidade foi encontrada”, frisou.

Superlotação

Com relação a superlotação de presos no Conjunto Penal de Feira de Santana, o juiz Fábio Falcão disse que essa questão ainda vai ser analisada em cartório e que a inspeção não teve a finalidade de observar isso. Segundo ele, os direitos e as garantias dos detentos estão sendo respeitados.

“A gente viu um trabalho digno, um trabalho que busca trazer essa dignidade ao preso, claro que limitando o direito de vida que é justamente da sua liberdade, da sua locomoção pelo simples fato de ser preso, agora preservando os outros direitos, os outros interesses, as outras garantias e o que a gente viu lá, foi preso que tem possibilidade de trabalhar, a gente viu presos fazendo atividade em grupo na escola Paulo VI, a gente viu preso em atendimento na unidade médica, a gente pôde constatar também e verificar o controle da alimentação com nutricionista, a gente viu o que se espera mesmo em uma unidade. A gente tem visto que tem se buscado fazer o que se pode com o pouco que se tem”, afirmou ao Acorda Cidade.

Complexo de Delegacias

Já sobre a visita no Complexo de Delegacias, no bairro Sobradinho, o juiz afirmou que encontrou, além dos presos do dia e do final da semana, que aguardavam pela audiência de custódia, dois ou três casos pontuais que precisam ser avaliados.

“São presos de outras unidades, outras comarcas, inclusive de outras unidades da Federação que nós buscaremos oficializar contato através de ofícios, informações com as outras unidades para informar que esse preso se encontra aqui e que tipo de resposta a unidade de onde ele origina tem que dar, porque uma coisa certa a gente tem em mente, preso não é mais para cumprir pena ou permanecer em delegacia”, destacou.

Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade

Nas instalações das áreas de custódia, o juiz Interino da Vara de Execuções Penais afirmou que não há superlotação.

“Uma única cela que tinha cinco presos, mas ao que parece é dentro da capacidade de absorção da própria unidade e claro que é um ambiente que não é como se fosse casa de ninguém, a gente sabe que é um ambiente deteriorado, paredes sujas, mas isso é da própria unidade prisional, agora nada que, pelo menos sobre a minha óptica ligeira, venha a degradar o preso como ser humano”, disse.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários