Acorda Cidade
Dados da Secretaria de Segurança Pública – SSP/BA – emitidos pelo Centro de Documentação e Estatística Policial (Cedep) da Polícia Civil, afirmam que Marcelo Felipe Guerra dos Santos Rocha, morto a tiros, em decorrência da intervenção policial, em Feira de Santana, na noite de 1° de abril, não possui antecedentes criminais.
Foto: Reprodução
Marcelo Felipe foi morto sob a acusação de ter efetuado disparos de arma de fogo contra uma guarnição do pelotão Asa Branca, da Polícia Militar, na Avenida Presidente Dutra, mas a família contesta a informação divulgada na ocorrência policial.
A advogada Yasmim Carvalho, especialista na área criminal, foi contratada pela família e está acompanhando o caso.
O jovem comercializava Iphones na Felipe Celulares, nome de sua loja virtual no Instagram com cerca de 18 mil seguidores.
"Serei o braço direito nas investigações a fim de elucidar o fato e trazer justiça e limpar a imagem da vítima que foi devidamente manchada pelas acusações dos policiais condutores envolvidos, os quais agiram de forma arbitrária, sem preparo, como ficará provado no curso do inquérito", afirmou a advogada.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios, que tem como titular o delegado Rodolfo Faro.
"Após tomar conhecimento desta ocorrência com oitiva específica dos policiais militares envolvidos nesta ação que culminou na morte desta vítima, a delegacia irá realizar as diligências necessárias à apuração e verificação da veracidade de como ocorreu essa ação policial. As primeiras providências já estão sendo tomadas", disse.
De acordo com o delegado, Rodolfo Faro, "foi registrado que ocorreu uma blitz na Avenida Maria Quitéria e de que um veículo teria furado essa blitz e apreendido fuga. Teria acontecido uma perseguição, inclusive com colisão do veículo em outros veículos que se encontravam estacionados na via e, com a parada desse veículo, após danos acarretados nestas colisões, o condutor deste veículo teria desembarcado efetuando disparos contra os agentes públicos que revidaram essa suposta ação criminosa e que alvejou essa vítima que foi socorrida ao Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) e morreu em decorrência desses ferimentos".
O corpo de Marcelo Felipe foi enterrado sob forte comoção e clamor por justiça na manhã do dia 03 de abril, no cemitério Jardim Celestial. A mãe e demais familiares estavam inconsoláveis.
"Tinha um futuro brilhante pela frente, infelizmente mataram um inocente trabalhador", comentou um amigo em tom de lamento e revolta. "Era um menino promissor", afirmou outro amigo de Marcelinho, como ele era conhecido.
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