Caso Eloá

Intenção de Lindemberg sempre foi a de matar, diz promotor

Eloá Cristina Pimentel, sua amiga Nayara Silva e mais dois adolescentes foram feitos reféns por Lindemberg no dia 13 de outubro de 2008 no apartamento dos pais da vítima em Santo André.

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A intenção de Lindemberg Alves Fernandes sempre foi a de matar a ex-namorada Eloá Pimentel, afirmou nesta sexta-feira (11), o promotor responsável pelo caso, Antônio Nobre Folgado, após audiência realizada no fórum de Santo André, no ABC, para saber se o réu será submetido a júri popular pelo crime. A sentença só será conhecida após o interrogatório do acusado, que ainda não tem data para acontecer.

"Lindemberg sempre quis matar Eloá. Ele disse isso várias vezes durante as 100 horas do sequestro", afirmou o promotor, em entrevista coletiva. Ainda segundo o promotor, os depoimentos das testemunhas de acusação foram bastante contundentes e demonstraram que o acusado estava disposto a matar a qualquer custo.

Folgado acredita que o réu será submetido a júri popular. “Espero que o julgamento ocorra ainda este ano. Se houver algum recurso da defesa, este julgamento só deverá ocorrer em 2012”, declarou.

Uma das cinco testemunhas ouvidas nesta sexta pelo juiz José Carlos de França Carvalho também afirmou isto. De acordo com o policial militar Atos Antonio Valeriano, o primeiro a negociar a libertação dos reféns, afirmou que Lindemberg sempre esteve disposto a matar todos os quatro reféns e a se matar em seguida.

A imprensa não foi autorizada a acompanhar os depoimentos. Todas as informações sobre os depoimentos foram passadas pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo.

De acordo com a assessoria do TJ, o policial militar também afirmou que Lindemberg atirou em sua direção e quase o acertou. O disparo atingiu uma parede próxima. Ele foi o último das cinco testemunhas da acusação a ser ouvido; a primeira foi Nayara.

Além dela, também foram ouvidos o irmão de Eloá, Everton Douglas Pimentel, e os dois jovens que também foram feitos reféns por Lindemberg. A audiência começou às 10h10 e terminou às 13h30. Todos os depoentes saíram sem falar com a imprensa.

Lindemberg responde pelo assassinato de Eloá e pela tentativa de homicídio de Nayara Rodrigues e do policial militar, além do crime de manter em cárcere privado os adolescentes Victor Lopes de Campos e Iago Vilela de Oliveira.

Segundo a advogada de Lindemberg, Ana Lúcia Assad, ainda não é possível afirmar que o cliente dela será levado a julgamento. “As testemunhas de defesa e Lindenberg ainda precisam ser ouvidas”, afirmou.

O caso

Eloá Cristina Pimentel, sua amiga Nayara Silva e mais dois adolescentes foram feitos reféns por Lindemberg no dia 13 de outubro de 2008 no apartamento dos pais da vítima em Santo André.

Os dois jovens foram libertados no mesmo dia e as duas meninas seguiram no apartamento. Nayara deixou o local no dia 14, mas retornou no dia 16 após uma tentativa frustrada de negociação com a Polícia Militar. No dia seguinte, a polícia invadiu o apartamento e as duas acabaram baleadas. Eloá morreu atingida por dois tiros e Nayara ficou ferida. As informações são do G1

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