Um homem foi condenado na terça-feira (9), a 14 anos de prisão pela morte do bailarino e coreógrafo do Balé do Teatro Castro Alves, Ajax Gonçalves Viana, em 2020. Após mais de 15h de julgamento, a Justiça acatou todas as teses do Ministério Público estadual, apresentadas pela promotora de Justiça Isabel Adelaide Moura. O crime foi qualificado por motivo torpe e emprego de recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Foi agravado pelo fato de a vítima ter mais de 60 anos na época do crime. Cabe recurso da decisão e o réu responde ao processo em liberdade.
A promotora de Justiça Isabel Adelaide destacou o papel do testemunho dos familiares das vítimas durante o júri, como fundamental para trazer o contexto da relação. “Todo ser humano precisa e deve ser aceito integralmente como ele é, para não aceitar migalhas em nenhum tido de relacionamento. Entender esse contexto foi fundamental para que os jurados compreendessem a realidade na qual o crime foi praticado”, salientou a promotora.
O crime aconteceu no dia 23 de dezembro de 2020. Ajax Vianna, de 60 anos, foi encontrado morto, com sinais de agressão no apartamento onde morava na Pituba, em Salvador. O bailarino e coreógrafo, que há 38 anos era integrante do Balé do Teatro Castro Alves, tinha um relacionamento, havia quatro anos, com o réu. Ele confessou o crime voluntariamente e chegou a ser preso em flagrante, ficando detido por 10 meses, tendo sido liberado para responder ao julgamento em liberdade.
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