Um homem de 44 anos foi agredido por dois torcedores do Esporte Clube Bahia, no último sábado (21), em Salvador. A vítima, que é torcedora do time rival, o Esporte Clube Vitória, foi atacada porque usava uma camiseta de uma torcida organizada.
Câmeras de vigilância registraram toda a ação, que ocorreu durante a manhã. O torcedor rubro-negro, que não terá nome identificado na reportagem por questões de segurança, contou que voltava de um passeio na Avenida Sete de Setembro com o irmão e a cunhada, quando foi atacado.
As gravações mostram o momento em que ele entra no prédio em que mora, com a família. No vídeo é possível ver que os dois agressores seguem o trio. Um dos suspeitos chega a passar da entrada do prédio, ao ver que a vítima e os dois familiares entraram.
No entanto, o segundo agressor invade o prédio e puxa a vítima pela camiseta. O rubro-negro cai no chão e começa uma sessão de chutes, socos e tapas, em várias partes do corpo. A gravação mostra, inclusive, que ele recebe pontapés na cabeça.
“Eu estou passando por uma depressão e, depois de alguns meses sem sair de casa, fui na rua encontrar meu irmão. Quando entrei no prédio, puxaram a minha camisa por trás. Eu olhei e ainda dei risada, porque achei que fosse um vizinho meu, que é torcedor do Bahia. Ele se identificou como Bamor [organizada tricolor] e começou a me puxar para fora. Nesse momento eu vi que era maldade”.
“Eu estava com uma comida na mão, que eu comprei na rua, e joguei a comida no chão, tentando me defender. Foi uma covardia dois contra um. Tomei três chutes no rosto quando eu estava no chão, e não pude me defender”, relatou a vítima ao g1.
Na gravação também dá para ver carros passando na rua, próximo de onde o torcedor rubro-negro estava caído. Ele foi arrastado pela camiseta e machucou as costas no asfalto. Um vizinho, que estava na frente do prédio, entrou na confusão para defender a vítima.
Apesar de ferido, o torcedor agredido ainda não procurou um hospital para avaliar os machucados, e ainda não prestou queixa, porque está com o psicológico abalado pelo ataque.
“Não tive condições de ir para o hospital, nem de registrar queixa. Estou sendo bem orientado, mas eu não quero sair de casa. Preciso muito identificar essas pessoas, para que a justiça seja feita, na forma legal. Se eu já estava traumatizado, sem querer sair, agora é que eu não quero mesmo, sabe?”, desabafou a vítima.
“É bom deixar bastante claro que não teve nenhum tipo de provocação da minha parte. Nunca me meti em brigas de torcida. Estou muito revoltado. Estava me divertindo pela primeira vez em algum tempo e acontece isso”.
Por telefone, o presidente da torcida organizada Bamor disse que não vai se posicionar sobre o caso, porque o agressor está com a camisa do Bahia, e que “isso não significa que ele seja da Bamor”. Ele manteve a resposta mesmo questionado sobre os gritos do agressor, mencionando a organizada.
O Esporte Clube Bahia e o Esporte Clube Vitória lamentaram o ocorrido e repudiaram as agressões.
Fonte: G1
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